#TBT é a edição #124 com algumas previsões para 2022. Vale ver se foram concretizados nesse ano.

A IAB Brasil lançou o estudo Brand Disruption 2022 onde lista seis movimentações e tendências para 2023. Abaixo eu listo cada um e o que se tratam.

Anywhere Commerce

Com o crescimento e modernização do e-commerce durante a pandemia, experiências físicas e virtuais acabam se misturando. A experiência omnichannel acaba sendo primordial para o varejo, onde até empresas 100% digitais acabam promovendo ações físicas, como foi o caso da Shein em São Paulo.

O fato é que o consumidor procura o canal que mais lhe convém para a compra, independente se é online ou físico. E as grandes varejistas precisam estar preparadas para oferecer a melhor experiência.

Metaverso

Estima-se que, até o final de 2022, o investimento em experiências virtuais (metaverso) chegue a 47,5 bilhões de dólares (Statista) e a 678,7 bilhões em 2030. No Brasil, diversas marcas já possuem figuras virtuais com bastante popularidade como a Lu, da Magazine Luiza, que inclusive é a maior influenciadora 100% digital do mundo (31 milhões de seguidores). 

Outro movimento dentro do metaverso seriam as inserções publicitárias, o que a IAB está chamando de mídia OOW (Out of World), onde as marcas colocariam outdoors virtuais e outras experiências e com link direto para lojas virtuais ou descontos em lojas físicas. 

Vídeo Supernova

De acordo com os dados da Kantar, o brasileiro assina 1,6 streamings em média (ou seja, podemos interpretar que boa parte dos usuários possuem mais de um streaming). E os principais fatores de assinatura são o preço e o catálogo.

Com esse mercado bastante acirrado (inclusive falei disso na edição #169), as plataformas precisam inovar no marketing e começam a fazer ações no ambiente físico, como lojas temáticas, exposições e grandes instalações out of home. Além disso, começam a diversificar as fontes de receita, como planos de assinatura com anúncios e transmissão de jogos esportivos.

Para 2023, o YouTube anunciou que começará a licenciar conteúdos de streaming, transformando-se em um concorrente da Netflix, Amazon Prime Video e Disney+. O próximo ano promete ser ainda mais disputado para todos os players do mercado.

Togetherness

Em maio de 2022, o setor de Turismo e Eventos retomaram os patamares pré-pandemia de faturamento e demanda, batendo recordes de público em alguns shows e festivais, como Rock in Rio. Além disso, a Copa do Mundo também trouxe novos eventos e ações que movimentaram a economia do entretenimento.

Em 2023, a tendência é aumentar o faturamento na área de entretenimento, especialmente o turismo. Com os países já liberando suas fronteiras, a circulação de pessoas irá aumentar e girar mais dinheiro.

Dinheiro nas nuvens

80% dos brasileiros conectados possuem conta em banco digital e as transações via mobile chegaram ao patamar de 67 bilhões em 2021, com tendência de crescimento expressivo para 2022.

Boa parte dos brasileiros já imagina um futuro sem dinheiro físico por conta da popularização das moedas virtuais: 21% dos brasileiros conectados afirmam que investem em criptomoedas. Além disso, diversas empresas planejam criar suas próprias moedas virtuais, como o Nubank em 2023.

O poder da causa

A geração atual de consumidores se importa com causas sociais mais do que nunca e, principalmente no Brasil, temos um índice acima da média na consciência social em comparação com outros países. E as marcas já estão se movimentando nesse sentido, com diversas campanhas nas ruas com mensagens de sustentabilidade e contra discriminação.

As seis indicações me pareceram mais constatações da realidade do que apostas pro futuro, mas é importante estarmos acompanhando todas movimentações e inovações para estarmos preparados.

Para baixar o estudo gratuitamente, acesse aqui.

NOVIDADE DA SEMANA

CENP-Meios aponta crescimento de 11,8% no investimento publicitário até setembro de 2022

A CENP-Meios divulgou o investimento publicitário brasileiro até setembro e apontou cerca de 13,6 bilhões de reais, um crescimento de 11,8% referente ao mesmo período de 2021.

Foram 316 agências de publicidade que reportaram os dados para o levantamento e os dois principais destaques foram Out of Home e Internet. OOH cresceu quase 50% no volume de investimento, enquanto a Internet cresceu 22%. Por outro lado, TV Aberta caiu 1,5%.

Pesquisa completa aqui no site do Cenp-Meios e eu vi a notícia no Meio e Mensagem.