As notícias políticas mais importantes (10/05/2022)

Hora do TSE pôr os militares em seu devido lugar, ou seja, no máximo transportando urna eletrônica durante a eleição, e jamais ajudando o Bolsonaro a desacreditar o sistema eleitoral. Hora de 10 noticias curtinhas na minha Pingback.

1 - Bola fora das Forças Armadas. Eles mandaram 7 sugestões para supostamente aprimorar as eleições deste ano. Mas a data para mandar propostas era até meados de dezembro, porém só fizeram isso no fim de março. Ainda assim o TSE deu uma reposta hoje. Explicou que por erros de cálculos e conceitos sem utilidade vinda dos militares, 4 das 7 sugestões não foram acatadas por já fazerem parte dos procedimentos da eleição. Outras 3 sugestões foram negadas integralmente.

2 - Em resumo, as Forças Armadas não sabem do que estão falando, não entendem nada sobre o sistema eleitoral, estão confusos e querem confundir o povo, então hora de serem colocados em seus devidos lugares como braço burocrático do Estado. Se quiserem participar da eleição, será transportando urna eletrônica como sempre foi, e não se metendo no processo eleitoral.

3 - Sabe aquele papo do Bolsonaro de espalhar que existe uma tal sala secreta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde aconteceria a totalização dos votos na eleição? É mais uma mentira para entrar na coleção de cascatas do presidente. Essa fake news fazia parte das indagações do Exército ao TSE.

4 - O nível de confiança na integridade das urnas eletrônicas é superior a 99%. O TSE avalia que exista até 0,01%  de inconformidades nas urnas, o que seria aceitável. Mas o ministério da Defesa “equivocadamente”apontava uma inconformidade de 50%.

5 - O ministro da Defesa nega, mas vazou um documento enviado ao TSE para que informações sobre as eleições sejam enviadas a ele e não mais ao general Héber Portella, nome das Forças Armadas indicado à Comissão da Transparência. Paulo Sérgio, o ministro, deseja centralizar nele as informações debatidas com o TSE? A suspeita é que ele vá municiar Bolsonaro nos ataques contra o sistema eleitoral.

6 - Tem militar querendo melar as eleições. Segundo o subprocurador Lucas Rocha Furtado, o Tribunal de Contas da União precisa investigar se o Exército firmou um acordo de cooperação com a empresa israelense de cibersegurança CySource para investigar supostas fragilidades do sistema eleitoral, algo que só os bolsonaristas enxergam ou tentam criar.

7 - Palavras do subprocurador sobre o acordo entre Exército e a empresa israelense: “(foi um acordo) não com vistas à satisfação de uma finalidade pública, mas, sim, em flagrante desvio de finalidade, com vistas a investigar os supostos riscos e fragilidades do sistema de votação brasileiro”.  

8 - A CySource tem entre seus diretores Hélio Cabral Sant'ana. Ele foi primeiro-tenente do Exército, de janeiro de 2009 a março de 2013. E chefiou as políticas de tecnologia da informação na Presidência da República durante o governo Bolsonaro. Só arrumou emprego na empresa israelense após autorização da Comissão de Ética Pública da Presidência.

9 - Lula quer porque quer se unir ao candidato do PSD Alexandre Kalil que concorrerá ao governo de Minas Gerais. Lula até tem mais popularidade hoje que Kalil em Minas. Mas o prefeito de BH ainda não encontrou com Lula, que está na capital mineira atrás de apoio. Tudo porque PT e PSD querem indicar candidatos ao Senado e Kalil só aceitar se unir se nenhum petista concorrer. Caso o PSD mineiro se una a Bolsonaro, Kalil promete que não fará parte desse acordo. O PSD nacional certamente ficará de fora de uma aliança com Bolsonaro, tende ir para o Lula no 2º turno.

10 - Romeu Zema tentará a reeleição ao Palácio da Liberdade, e caminhará ao lado de Bolsonaro, mas nem tanto assim. Será o tipo de união em que se esconde o aliado, mas não se enterra a aliança. Kalil sabe que Lula seria o melhor cabo eleitoral para ele.