Fluminense jogou bem mas não conseguiu vencer o “cascudo” Palmeiras

Por Riva / 28 de agosto de 2022 / domingo / 00h55

Fluminense e Palmeiras entraram em campo na noite deste sábado, 27 de agosto, para disputarem uma das principais partidas da vigésima quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O Fluminense inciou a rodada na vice-liderança com a difícil tarefa de superar o “gosto amargo’’ do empate contra o Corinthians pela Copa do Brasil na última quarta-feira e ficar mais próximo da liderança do Campeonato Brasileiro. O Palmeiras lidera o Campeonato Brasileiro e, depois de uma semana livre para trabalhar, a meta era sair de campo com três pontos para ampliar ou manter a distância para os oponentes que continuam na disputa pelo título de Campeão Brasileiro.

A partida começou com o Fluminense apresentando mais volume de jogo e jogando bem. Mas, logo aos sete minutos, Rony fez um golaço de bicicleta e colocou o Palmeiras em vantagem no placar. Vantagem que o Palmeiras soube aproveitar e, com a marcação aplicada e aproximada, forçava o Fluminense a trocar passes sem conseguir assustar o goleiro Weverton. A posse de bola do Fluminense era superior, mas faltava tranquilidade para diminuir os erros na saída de bola e na troca de passes – fundamentos que o Fluminense sabe executar com competência – para fazer com que a posse de bola se tornasse produtiva.

O Palmeiras aproveitava o bom momento na partida e, depois que executava os desarmes, assustava o Fluminense saindo pro jogo com muita velocidade e movimentação. Mas o segundo gol não saia e o Fluminense foi voltando pro jogo sem mudar o modelo de jogo que vem apresentando durante os últimos meses. Apesar da enorme dificuldade de penetrar na última linha defensiva do Palmeiras, o Fluminense começou a trocar passes bem mais próximo do gol do Palmeiras e, aos trinta e oito minutos, depois da cobrança de um escanteio, o zagueiro Manoel empatou a partida. O gol de empate na reta final do primeiro tempo deixou a equipe carioca mais tranquila e confiante.

O segundo tempo começou com o Fluminense mais vivo na partida e buscando o gol da virada. O jogo do Fluminense encaixava e incomodava todos os setores do Palmeiras. Os técnicos, Fernando Diniz – do Fluminense - e Abel Ferreira – do Palmeiras, decidiram mexer nas equipes aos dezesseis minutos. No Fluminense, o meia Nathan entrou no lugar do atacante Matheus Martins e, no Palmeiras, o lateral direito Mayke entrou no lugar do lateral direito Marcos Rocha e o atacante Wesley entrou no lugar do meia Raphael Veiga. A mudança do Fluminense surtiu mais efeito positivo do que as mudanças feitas no Palmeiras.

O Fluminense passou a jogar com quatro jogadores no meio-campo – André, Nonato, Ganso e Nathan – reforçando a marcação com Ganso muito mais liberado para jogar próximo dos atacantes. O Palmeiras também mudou a configuração tática e passou a jogar com quatro jogadores no meio-campo – Danilo, Zé Rafael, Gustavo Scarpa e Dudu – e dois atacantes – Wesley e Rony. Insatisfeito com o posicionamento, com a falta de criatividade para construir as jogadas e com a falta de produtividade no ataque, Abel Ferreira fez as três últimas substituições aos vinte e seis minutos. O atacante José Lopéz entrou no lugar do atacante Rony, o meia Bruno Tabata entrou no lugar do meia-atacante Dudu e o volante Gabriel Menino entrou no lugar do volante Zé Rafael.

Mesmo depois das mudanças, o Palmeiras continuou com muitas dificuldades para executar com perfeição o jogo coletivo e, individualmente, muitos jogadores não estavam jogando bem. O técnico Fernando Diniz fez três substituições nos últimos quinze minutos da partida. Aos trinta e três minutos o atacante Willian Bigode entrou no lugar do atacante Cano, e, aos quarenta minutos, o atacante e ala Caio Paulista entrou no lugar de Cris Silva e o volante Martinelli entrou no lugar do zagueiro Nino.

O empate foi ruim para o Fluminense e ótimo para o Palmeiras porque o Fluminense foi melhor nos dois tempos da partida.

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O Fluminense dificilmente vai conquistar um título em 2022 mas é uma equipe que tem um modelo de jogo definido e bem executado, procura ficar com a bola, troca passes com eficiência e objetividade, e, com a bola, todos os jogadores do meio-campo e do ataque se movimentam e invertem o posicionamento. O grande problema é a falta de tranquilidade e de concentração do setor defensivo.

O Palmeiras tem um modelo de jogo definido e bem executado, quando retoma a posse de bola sai pro jogo com velocidade, sabe o que fazer quando está em situações adversas e tem um enorme controle emocional.