Por Riva / 04 de agosto de 2022 / quinta-feira / 12h40 | ||
Na noite desta quarta-feira, 03 de agosto, no Mineirão, Atlético -MG e Palmeiras entraram em campo para disputar a partida de ida das quartas de final da Taça Libertadores da América de 2022. A partida terminou empatada (2 a 2) e foi disputada em alto nível técnico, tático, físico e emocional. | ||
A equipe mineira iniciou a partida com uma marcação forte e aproximada, negando os espaços e dificultando a saída de bola do Palmeiras, muita intensidade, vibrante e criando jogadas ofensivas bem trabalhadas pelos lados e pelo meio. Com o sistema defensivo bem protegido por Otávio e Jair, o meia Zaracho foi importantíssimo para organizar as jogadas e trocar passes próximo dos atacantes e da área do Palmeiras. | ||
Cuca fez a sua segunda partida no comando técnico do Atlético -MG depois do seu retorno e parecia que não tinha saído. A equipe mostrava segurança, competitividade e, com um modelo de jogo ofensivo - Ademir, Keno e Hulk - empurravam a linha defensiva do Palmeiras para dentro da área e marcavam as tentativas de saída de bola em velocidade da equipe paulista. Mesmo encaixotado, o Palmeiras perdeu uma excelente oportunidade de abrir o placar, teve um gol anulado corretamente e, se não tinha o controle da partida, o controle emocional era enorme. | ||
Antes de encerrar o primeiro tempo, aos 45 minutos, Hulk abriu o placar cobrando pênalti. No início do segundo tempo, aos 2 minutos, depois de mais uma excelente jogada de Keno pelo lado esquerdo, a bola foi lançada na área e o zagueiro Murilo não conseguiu sair da bola e marcou contra. | ||
O Palmeiras tinha muitos problemas na marcação porque Danilo e Zé Rafael não conseguiam marcar pelo meio e deixavam os laterais Marcos Rocha e Piquerez expostos no um contra um ou em jogadas de ultrapassagem, Dudu e Raphael Veiga não estavam bem e não conseguiam sair da forte marcação do Atlético -MG, José Lopez isolado no ataque e Gustavo Scarpa (um dos melhores em campo) auxiliando a marcação pelo lado direito e articulando as jogadas. Mas, depois de uma falta sem necessidade de Keno, Gustavo Scarpa cobrou, a bola beijou o travessão e, no rebote, Murilo estava sozinho para fazer o primeiro gol do Palmeiras na partida aos 13 minutos do segundo tempo. | ||
Com tranquilidade e aproveitando o desgaste físico e emocional dos jogadores do Atlético -MG, o Palmeiras equilibrou a partida que antes estava sendo amplamente dominada pelos mineiros. O equilíbrio ficou mais evidente depois que Abel Ferreira substituiu Raphael Veiga por Gabriel Menino aos 22 minutos e otimizou a marcação no meio-campo. | ||
O Atlético -MG precisava oxigenar o meio-campo e o ataque porque não conseguia ter o mesmo nível técnico, a mesma intensidade, volume de jogo e apresentava problemas para marcar quando o Palmeiras retomava a posse de bola e saía em velocidade. Cuca substituiu Júnior Alonso – com câimbras – por Igor Rabello aos 29 minutos; Zaracho por Nacho Fernández e Keno por Vargas aos 35 minutos; Hulk por Alan Kardec e Ademir por Pedrinho aos 43 minutos. As substituições foram tardias e pouco acrescentaram. | ||
O Palmeiras precisava corrigir a marcação do lado direito da sua defesa e Abel Ferreira substituiu Marcos Rocha (um dos piores em campo) por Mayke e José Lopez por Rafael Navarro aos 35 minutos. As substituições foram positivas e, com muita tranquilidade e concentração, o Palmeiras ficava mais próximo do empate. O gol que Dudu perdeu depois de uma boa jogada pela direita e o escorregão de Mariano evidenciava que o Atlético -MG estava correndo riscos de sofrer o gol de empate. Aos 46 minutos, depois de uma cobrança de escanteio - o Palmeiras é muito bom na bola parada – Dudu cabeceou para dentro da área e Danilo empatou a partida. | ||
O Atlético -MG voltou a jogar bem, teve oportunidades de liquidar o placar no primeiro tempo, controlou a partida até sofrer o primeiro gol, mas faltou condições físicas e tranquilidade para sair de campo com vantagem no confronto. O Palmeiras não jogou bem, mas é uma equipe que consegue reagir as adversidades com muito controle emocional e eficiência no momento de transformar as jogadas em gols. |