16. O subconsciente e as relações humanas harmoniosas.
16. O subconsciente e as relações humanas harmoniosas. |
Estudando este livro, você aprende que o seu |
subconsciente é uma máquina gravadora que reproduz |
fielmente tudo o que nela se grave. Esta é uma das |
razões para que se aplique o preceito áureo do |
Evangelho nas relações humanas. |
Em S. MATEUS 7:12 lê-se: Tudo quanto, pois, |
quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós |
também a eles. Esta frase possui significada externa e |
interna. Seu interesse deve cingir-se ao significado |
interno, do ponto de vista de seu subconsciente e que |
é o seguinte: assim como deseja que os outros pensem |
de você, pense neles da mesma maneira; assim como |
deseja que os outros sintam a seu respeito, sinta a |
respeito deles da mesma maneira; assim como deseja que |
os outros se comportem em relação a você, comporte-se |
em relação a eles da mesma maneira. |
Por exemplo: você pode ser delicado e cortês para |
alguém em seu escritório, mas, pelas costas, critica-o |
e guarda ressentimento contra ele em sua mente. Tais |
pensamentos negativos são altamente destrutivos para |
você. É como tomar veneno. Na verdade, você está mesmo |
ingerindo venenos mentais que lhe roubam vitalidade, |
entusiasmo, força, orientação e boa-vontade. Essas |
emoções e pensamentos negativos mergulham em seu |
subconsciente e causam todas as espécies de |
dificuldades e doenças em sua vida. |
CHAVE MESTRA PARA AS RELAÇÕES FELIZES COM OS |
OUTROS. |
Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois |
com o critério com que julgardes, sereis julgados; e |
com a medida com que tiverdes medido vos medirão |
também. S. MATEUS 7:1-2. |
Um estudo desses versículos e a aplicação das |
verdades interiores neles contidas representam a |
verdadeira chave para as relações harmoniosas. Julgar |
é pensar, é chegar a um veredicto mental ou a uma |
conclusão em sua mente. O pensamento que você tem |
sobre outra pessoa é o seu pensamento, porque você o |
está pensando. Seus pensamentos são criadores e, por |
conseguinte, você na verdade cria em sua própria |
experiência o que pensa e sente sobre outra pessoa. E |
é também verdade que uma sugestão que você dá a outra |
pessoa dá também a si próprio, pois sua mente é o meio |
criador. |
Essa a razão pela qual foi dito: Pois com o |
critério com que julgardes, sereis julgados. Quando |
você conhece esta lei e a maneira pela qual trabalha o |
seu subconsciente, você toma cuidado em pensar, sentir |
e agir corretamente em relação às outras pessoas. |
Esses versículos ensinam-lhe a emancipação do homem e |
revelam a solução para todos os seus problemas |
individuais. |
E A MEDIDA QUE VOCÊ USAR PARA OS OUTROS TAMBÉM |
SERÁ USADA PARA VOCÊ. |
O bem que você faz aos outros lhe vem de volta na |
mesma medida. O mal que você faz também lhe volta, |
pela lei da sua própria mente. Se um homem engana e |
ilude a outro, está na verdade enganando e iludindo a |
si próprio. Seu sentimento de culpa e a intenção de - |
prejuízo atrairão algum dia, inevitavelmente, o mesmo |
prejuízo que causou, de alguma maneira. Seu |
subconsciente registra seu ato mental e reage de |
acordo com a sua intenção ou motivação mental. |
Seu subconsciente é impessoal e imutável, não |
levando em consideração pessoas nem respeitando |
filiações religiosas ou instituições de qualquer |
espécie. Não é compassivo nem vingativo. A maneira com |
que você pensa, sente ou age em relação aos outros |
sempre lhe virá de volta. |
AS MANCHETES DOS JORNAIS IRRITAVAM-NO |
Comece agora a observar-se. Observe suas reações |
às outras pessoas, às condições e circunstâncias. Como |
você reage aos acontecimentos e notícias do dia? Não |
faz diferença nenhuma se todas as outras pessoas estão |
erradas e você é o único que está certo. Se as |
notícias o perturbam, o mal é seu, porque suas emoções |
negativas roubam-lhe a paz e harmonia. |
Uma mulher escreveu-me certa vez sobre seu marido, |
dizendo que ele ficava com raiva sempre que lia o que |
certo colunista escrevia em seu jornal. Acrescentava |
que essa constante reação de cólera e raiva reprimida |
haviam-lhe causado úlceras sangrentas e que o médico |
recomendara, para a cura, um recondicionamento |
emocional. |
Convidei esse homem a visitar-me e expliquei-lhe a |
maneira pela qual sua mente funciona, mostrando como |
era emocionalmente imaturo ao ficar com raiva quando |
outros escreviam artigos que ele desaprovava ou de que |
discordava. |
Começou a compreender que o jornalista devia ter |
liberdade para expressar-se, mesmo que ele discordasse |
politicamente, religiosamente ou sob qualquer outro |
aspecto. Do mesmo modo, o jornalista dar-lhe-ia |
liberdade para escrever uma carta ao jornal |
discordando das afirmações publicadas. Ele descobriu |
que podia discordar sem ser desagradável. Despertou |
para a verdade simples de que nunca é o que uma pessoa |
diz ou faz que o afeta, mas o que importa é a reação |
ao que é dito ou feito. |
Essa explicação foi a sua cura, tendo ele |
compreendido que com um pouco de prática, podia |
dominar os seus acessos de raiva matutinos. Sua esposa |
contou-me, tempos depois, que ele se ria de si mesmo e |
também do que o colunista dizia, ao ler o jornal todas |
as manhãs. As palavras escritas não mais tinham o |
poder de perturbá-lo, aborrecê- lo e irritá-lo. Suas |
úlceras desapareceram, graças ao seu equilíbrio e |
serenidade emocional. |
ODEIO AS MULHERES, MAS GOSTO DOS HOMENS |
Uma secretária particular estava bastante |
amargurada com as outras moças do seu escritório, pois |
murmuravam a seu respeito e, como afirmou, espalhavam |
mentiras maldosas sobre ela. Admitiu que não gostava |
de mulheres dizendo: "Odeio as mulheres, mas gosto dos |
homens." Descobri também que ela falava às moças que |
estavam sob as suas ordens no escritório num tom de |
voz arrogante, imperioso e sempre irritado. Havia uma |
certa pomposidade em sua maneira de falar e pude |
verificar que o seu tom de voz afetava algumas pessoas |
de modo desagradável. |
Se todas as pessoas de seu escritório ou fábrica o |
irritam, não será possível que algum padrão |
subconsciente ou projeção mental sua é que motivem |
toda a inquietação, aborrecimento e mal-estar? Sabemos |
que um cachorro reage ferozmente se você demonstra |
odiá-lo ou temê-lo. Os animais recebem suas vibrações |
subconscientes e reagem de acordo. Muitos seres |
humanos indisciplinados são tão sensíveis quanto |
cachorros, gatos e outros animais. |
Sugeri a essa jovem que odiava as mulheres a |
prática da oração, explicando que, quando começasse a |
identificar-se com os valores espirituais e afirmar as |
verdades da vida, sua voz e maneiras mudariam e seu |
ódio às mulheres desapareceria completamente. Ela |
ficou surpresa ao saber que a emoção do ódio |
transparece nas palavras, ações e escritos de uma |
pessoa, em todas fases da sua vida. Cessou então de |
reagir com raiva e ressentimento. |
Instituiu uma oração-padrão que passou a praticar |
regular, sistemática e conscientemente no escritório. |
A oração era a seguinte: "Penso, falo e ajo com |
amor, tranquilidade e paz. Agora irradio amor, paz e |
tolerância e bondade para todas as jovens que me |
criticam e falam mal de mim. Fixo os meus pensamentos |
em paz, harmonia e boa-vontade para com todas. Sempre |
que estiver para reagir negativamente, direi para mim |
mesma, com firmeza, que vou pensar, falar e agir tendo |
em vista o princípio da harmonia, saúde e paz dentro |
de mim mesma. A inteligência criadora orienta-me, |
dirige-me e guia-me em todos os meus caminhos." |
A prática dessa oração transformou sua vida e ela |
verificou que todas as críticas e aborrecimentos |
cessaram. |
As moças tornaram-se cooperativas e amigas. Ela |
descobriu que não há ninguém a mudar, senão eu mesma. |