E como reduzir ou evitar esse tipo de fraude nos perfis sociais
AVISO: não teremos edições nas próximas duas semanas pois estarei de férias. Retornamos dia 30/06. | ||
Em Maio, diversos portais noticiaram as “ fazendas de clique”, que criaram um ciclo entre influenciadores digitais e um exército de pessoas buscando um complemento de renda (mas que acabou virando um mecanismo de exploração). | ||
A prática não é recente. Há diversos relatos de serviçosde compra de seguidores vindos do Sudeste Asiático/China nos últimos anos. A imagem abaixo foi até bastante compartilhada no início de 2017. | ||
A diferença agora é que há serviços nacionais e que contam com a remuneração (extremamente baixa) para quem interagir com os perfis contratantes que pagam, em média, R$ 35 por 1.000 seguidores e R$ 5 por 1.000 curtidas em publicações. E quem contrata esses serviços está buscando “engajamento autêntico”, ou seja, de pessoas reais. | ||
Remunerando, no máximo, R$ 0,01 por interação(a maioria das vezes é menos que isso), as pessoas acabam tendo que criar diversos perfis para aumentar a renda. E assim cria-se esse ciclo retroalimentado, onde plataformas como Dizu, Ganhar no Insta e Kzom são contratadas para gerarem seguidores e engajamento para influenciadores/marcas em troca de forçar a criação de perfis falsos por pessoas que precisam de grana. E essa remuneração vem abaixando cada vez mais, como mostra a simulação no vídeo abaixo: | ||
(crédito do vídeo: Digilabour) | ||
Como detectar essa fraude? | ||
Considerando que, de acordo com um estudo da HypeAuditor, 56% dos influenciadores brasileiros são afetados por algum tipo de fraude (intencional ou não), é muito importante que haja uma avaliação de perfis em momentos de contratação para campanhas e #publis. | ||
A forma mais eficiente é uma avaliação manual, ou seja, comparar o volume de seguidores com o volume de engajamento e dar uma lida nos comentários para ver a qualidade das interações. Essa análise humana é insubstituível, mesmo com ajuda de ferramentas como HypeAuditor, Traackre Upfluence, que trazem dados e números sobre a composição de seguidores e interações nas publicações, mas que (ainda) não conseguem interpretar com precisão os comentários e curtidas. | ||
Contudo, a avaliação manual exige tempo e dedicação, ou seja, não dá para aplicar em todos os perfis desejados. É aí que essas ferramentas acima ajudam a filtrar inicialmente todos os perfis e direcionar a análise. Além das três alternativas pagas, há algumas gratuitas ( Influencer Marketing Hube Followerwonk, por exemplo) que já trazem dados relevantes para separar perfis fraudulentos e perfis autênticos. | ||
Sempre houve problemas de fraudes em influenciadores digitais, porém, temos que estar atualizados sobre as novas formas que surgem e como reduzir esses problemas. É difícil mensurar influência em sua forma mais subjetiva, mas com métricas e dados conseguimos identificar os falsos influenciadores. | ||
NOVIDADE DA SEMANA | ||
Cenp-Meios registra 19% de crescimento no primeiro trimestre de 2022 | ||
Os investimentos em mídia no mercado brasileiro alcançaram o volume de R$ 3,45 bilhões nos primeiros três meses de 2022, um aumento de 19% em comparação com o mesmo período em 2021. Os resultados seguiram uma tendência de crescimento já registrada no fechamento de 2021, sinalizando uma recuperação do mercado. | ||
Todos os meios registraram crescimento em valores absolutos, exceto o meio Revista, que no primeiro trimestre de 2021 registrou R$ 13,2 milhões em compra de mídia e que em 2022 faturou R$ 10,4 milhões. Internet foi o meio que mais cresceu, faturando 951,2 milhões em 2022 (um crescimento de 41%). | ||
Por outro lado, em termos de participação no bolo publicitário, a TV Aberta recuperou o patamar dos 50% (antes estava com 45,4% de participação) e a Internet caiu para 27,6% (antes estava com 33%). | ||
Mais informações no site da Cenp-Meiose vi no Meio & Mensagem |