Os Super-Heróis Politicamente Corretos - e outras dicas da semana
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Os Super-Heróis Politicamente Corretos - e outras dicas da semana

Caro leitor,

Leandro Narloch
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Caro leitor,

A seguir, minhas produções da semana - mas antes, duas que eu gostaria de ter produzido. 

Os Super-Heróis Politicamente Corretos

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A matéria mais divertida da semana foi publicada na Gazeta do Povo pelo Paulo Polzonoff, com ilustrações de Eli Vieira Jr (que é provavelmente a pessoa que mais entende de cultura “woke” no Brasil).

Um dos heróis é o Supercancelador:

Também chamado de Homoim (Homem Moralmente Imaculado), o Supercancelador é um herói anão que usa os poderes do anonimato e da covardia para cancelar todos os que dizem coisas que o desagradam. Seu arqui-inimigo é a dupla Fato & Bom Senso. E não se pode nem aventar a hipótese de, na verdade, o Supercancelador ser um vilão, e não um herói. Porque quem disser isso estará sendo racista e homofóbico, e corre o risco de ser supercancelado por esse superanão moral.

A Justiça Social como uma religião secular 

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O ativista climático Michael Shellenberger e o filósofo Peter Boghossian criaram esta excelente tabela com comparações das políticas identitária com religiões seculares. É incrível como o movimento ambientalista e os de justiça social se deixaram levar por vieses, rituais e padrões de comportamento que lembram seitas radicais. Todos eles têm pecado original, grupos santificados e demonizados, crenças sobrenaturais, rituais de purificação, tabus de pensamento e de linguagem. Mais sobre isso na newsletter de Shellenberger.

Um catálogo de utopias chamado “Constituição”

Dando sequência à série de vídeos “Por que o Brasil não dá certo”, que produzi para o Ranking dos Políticos, falo esta semana sobre a carta de Papai-Noel que chamamos de “Constituição de 1988”. Afirmo que no vídeo que a Constituição, toda bem- intencionada para eliminar a pobreza e a desigualdade, é um motor de pobreza e desigualdade.

Problematizadores compulsivos

Na coluna na Folha desta semana, falo sobre o triste mundo dos problematizadores compulsivos. Eles tentam nos convencer de que traços comuns do dia a dia são na verdade malignos e reprováveis, pois esconderiam machismo, racismo, transfobia, homofobia e heteronormatividade estruturais. Só nesta semana, problematizaram o hábito de chamar mulheres pelo primeiro nome, as fantasias de enfermeira, a reação de celebridades à morte da cantora. Já problematizaram os homens que se vestem de mulher no Carnaval, palavras e expressões do português, o nome de times da NBA, a Black Friday. Vivemos uma epidemia de problematização.

Árvore do Futuro entrevista o urbanista Alain Bertaud

Já devo ter falado por aqui do Árvore do Futuro, um movimento que ajudei a fundar para difundir no Brasil um ambientalismo pragmático, baseado em ferramentas do mercado e racional. Começamos ontem a série "Lições de Grandes Urbanistas para São Paulo” - no primeiro episódio, o amigo Ricardo Birmann conversa com o urbanista francês Alain Bertaud. Autor do livro “Order Without Design” e pesquisador sênior da Universidade de Nova York, Bertaud é um dos críticos mais famosos da obsessão dos urbanistas em planejar cada detalhe das construções e atividades urbanas.

Ele confronta a ilusão dos urbanistas de que são capazes de planejar algo tão imprevisível quanto a dinâmica das cidades. Acredita que leis de zoneamento restritivas demais acabam tornando as cidades engessadas, resistentes a mudanças, caóticas. E que restrições de uso de solo criam regiões centrais pouco densas, empurrando moradores para favelas ou bairros da periferia. Assista a íntegra da entrevista aqui.