O Manto

A Conmebol divulgou os uniformes da final da Libertadores 2021. Por ter melhor campanha, mesmo em campo neutro, o Palmeiras recebeu o direito de jogar com seu uniforme 1 e a Conmebol entendeu que nosso tradicional Manto número 1, rubro negro, não teria o contraste necessário e ainda tem a questão dos daltônicos.

Uma parte dos rubro negros se viu altamente preocupado com este fato, como se algo não bom tivesse sido lançado em nossa direção. Tal fato, reação de meus irmãos de raça, amor e paixão me pegou de surpresa, mas na verdade não é de hoje esta certa aversão ao sagrado e vitorioso Manto branco.

O Manto Branco foi criado em 1938, por sugestão do técnico Krushner para melhor visualização noturna, aliás, podem anotar aí mais um vanguardismo do Flamengo, primeiro a ter o segundo uniforme.

Nosso segundo Manto raramente esteve presente em decisões, mas, quando foi chamado para o mais alto grau de hierarquia se fez presente de maneira categórica! Na final em Tóruio do mundial de 81. Lindo, vitorioso e aclamado. 

Seja branco, seja rubro negro! nossos Mantos são carregados de um misticismo único e de vibrações positivas. Deixou chegar, o Manto entra em campo e faz bonito.

"Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte:- quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas, tremem, então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará à camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável." Nelson Rodrigues

Seres felizes, é nossa sina e nossa obrigação

Para meus amigos @AruanCampelo e @flaalternativo