A SEMANA NA HISTÓRIA – XXIX (23 a 29 de janeiro)
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A SEMANA NA HISTÓRIA – XXIX (23 a 29 de janeiro)

Continuando com o propósito de “valorizar o que é nosso”, hoje A Semana na História recorda uma das matriarcas indígenas brasileiras, mulheres que tiveram papel fundamental na fundação do que veio a se tornar o Brasil, a exemplo de Bartira, M...

natacam
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Continuando com o propósito de “valorizar o que é nosso”, hoje A Semana na História recorda uma das matriarcas indígenas brasileiras, mulheres que tiveram papel fundamental na fundação do que veio a se tornar o Brasil, a exemplo de Bartira, Maria do Espírito Santo Arcoverde e Catarina Paraguaçu. Sobre esta que falaremos aqui, cujo falecimento completa 439 anos no dia 26 de janeiro. Também chamada Guaibimpará, nasceu por volta de 1503, filha de Taparica, cacique tupinambá.

Quando o português Diogo Álvares naufragou na costa baiana, foi resgatado pelos tupinambás e alcunhado Caramuru. Este ganhou prestígio dos nativos e “conquistou o coração” de Paraguaçu, recebendo o beneplácito de Taparica para o casamento, formando o primeiro casal mestiço do Brasil. Ao prosperarem nos negócios com o pau-brasil, ambos foram para a França em 1528, onde Paraguaçu foi batizada com o nome de Catarina, homônima de sua madrinha. Com isso, formaram a primeira família cristã brasileira, bem como a mais antiga família do Brasil com registros documentais; por isso Catarina pode ser considerada a “matriarca do Brasil”. De volta ao Brasil, o casal teve filhos e tornou-se donatário “de fato” da capitania da Bahia.

Primeira mulher alfabetizada do Brasil, Catarina manteve a fortuna e a influência de Caramuru na região mesmo após o falecimento deste, em 1557. Financiou obras sociais e contribuiu para a construção da igreja de Nossa Senhora das Graças em Salvador. Esta recebeu no altar uma imagem encontrada numa praia onde ocorreu um naufrágio, sob a posse de uma indígena com a qual Catarina teria sonhado. Católica fervorosa, foi a primeira mulher indígena ligada à devoção da Virgem Maria no Brasil. Ao falecer, deixou um legado ainda pouco reconhecido na construção da nação brasileira, mas que recebeu homenagens na Bahia.

Por hoje é isso! Até o próximo A Semana na História!