Desbravando a Web3: Piloto de série
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Desbravando a Web3: Piloto de série

O início de uma série onde seu protagonista, Ronaldo Raposo, desvenda o que é web3 e os desafios de ser creator nesse mundo com suas próprias mãos. Fiquem ligados!

Echoa | The Creator's Land
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Por Ronaldo Raposo.

Dia #0

Se você está aqui desde o início, talvez tenha notado um fato curioso: eu nunca me apresentei. Seja pela afobação de falar ou pela vontade de ir direto ao assunto, nunca gastei (ou investi) algumas linhas para isso. Vocês sabem que me chamo Ronaldo, e alguns mais atentos pegaram que eu estudo Relações Internacionais a partir de alguns textos. Mas, mesmo que você não tenha reparado, ou caso você seja novo (olá!), vamos do começo:

Me chamo Ronaldo, tenho 21 anos e me formo esse ano em Relações Internacionais. Sou o carioca que não curte muito uma praia -- só a areia. Amo cachorro, mas prefiro gato -- e infelizmente tenho alergia aos dois. Meu livro preferido é Flores para Algernon e, apesar de amar filmes, não tenho paciência para catálogo de streaming -- sempre acabo assistindo F.r.i.e.n.d.s. Ah, tem uma outra também: eu sou criador de conteúdo.

Pois é, encontrar assunto para publicar toda semana não é fácil e, pelo esforço, eu pego sim essa alcunha para mim. E um sentimento que eu tenho tido recentemente, como criador, é: o que que tá acontecendo? Ok, esse sentimento pode ser estendido para várias outras áreas da vida, mas precisamos assumir que vivemos um momento muito único: na retrospectiva de 2021, listei várias tecnologias importantíssimas de serem observadas, as quais fazem parte da Web3, e percebi o inevitável: não tenho um conhecimento aprofundado sobre elas.

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Mas por que isso é importante?

Bom, para isso, preciso te dar um pouco de contexto. O mercado de criadores é altamente dinâmico, suscetível às mais diversas mudanças. Conhece a Creator's Economy? Trata-se de uma dessas novidades; não é um movimento novo, mas a pandemia a transformou consideravelmente: ela trouxe milhares de pessoas pra era digital, as quais têm buscado monetizar seus talentos e viver de coisas que amam. Além disso, esse período marca também a entrada da Gen Z (euzinhooo) no mercado de trabalho, os quais têm rompido fortemente com a lógica de trabalhar para empresas; em vez disso, buscam tornar-se influencers.

E onde a Web3 entra nesse jogo?

A Creator's Economy é, predominantemente, Digital. Nesse cenário altamente dinâmico, vemos nascer criadores todos os dias, além de plataformas sendo lançadas e tecnologias sendo adotadas. Ideias de negócios são inventadas e desafios surgem. E a quem pertence isso tudo? Tem muita gente produzindo, concentrando bastante conteúdo em redes sociais específicas, as quais moderam, regulam e direcionam esses ativos. Provocação: uma vez na rede, onde termina seu domínio sobre sua própria produção? E é exatamente aí que a Web3 entra, mudando completamente o jogo.

Em função desse dinamismo, dessa difusão de conteúdo e desse ambiente altamente volátil, os criadores precisam lidar com algumas variáveis fundamentais: em primeiro lugar, todo movimento deve ser feito a fim de aumentar a audiência, ou pelo menos fidelizar a já existente. Para tanto, os criadores tornam-se dependentes das plataformas para moderar seus trabalhos, sendo muitas das vezes elas que auxiliam na monetização. E, bom, quando temos uma terceira figura atuando nessa engrenagem, temos também mais uma fonte de custos. O que é preciso, então? É preciso independência.

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E o que é Web3 mesmo?

Como brevemente falado aqui em edições anteriores, Web3 se refere à interação na internet com uso do Blockchain, sendo, portanto, menos centralizado (tanto no sentido tecnológico quanto econômico). Isso dá aos criadores e usuários mais domínio sobre os próprios dados, priorizando a interoperabilidade (capacidade de um sistema de se comunicar de forma transparente com outro sistema) e padrões abertos. A despeito do deep tech aspecto do Web3, ela permite uma multiplicidade de novos modelos de negócios para criadores -- gerando impacto direto no trabalho que está sendo criado.

Na teoria é ótimo. E na prática?

Como relatado lá nós primeiros parágrafos, tenho certa ansiedade (e talvez angústia) por compreender bem a magnitude disso, mas não saber por onde começar. Quando falamos em web3 aplicada a nossa realidade, é literalmente um novo mundo que se abre para a forma como gerenciamos nossos projetos (e como fazemos dinheiro).

A Web3 é como um guarda-chuva, a qual abrange vários aspectos diferentes que compõem essa nova internet. Nesse momento, o que se destaca para a Creator Economy são os tokens não fungíveis (famosos NFTs, sempre mencionados aqui). Mas, para além das notícias e desdobramentos que já lidamos, o que é isso? Como criamos isso? E, a pergunta de milhões: como monetizamos com isso?

Pois bem, todo esse contexto nos traz aqui: ao Dia #0. Notou ele ali em cima? Rs. Falei muito sobre resoluções no início do ano e, apesar de refutá-las veementemente, tenho um objetivo real em aprender mais sobre esse assunto. Se você, assim como eu, se interessa pelo assunto, mas não sabe por onde iniciar, vem comigo!

Pelas próximas edições, documentarei todo o processo de aprendizado com a Web3. O primeiro objetivo já está traçado: desenvolver um NFT, desde o princípio até a sua venda. Imagino que não vai ser fácil, mas será, no mínimo, empolgante. Vamos fazer essa trilha juntos? Tenho certeza de que descobriremos muita coisa!

Isso, queridos leitores, é a Ownership Economy!

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📚  RONALDICAS

Sempre falo muito sobre podcast aqui, mas queria hoje destacar o meu preferido: The Creator's Twist! Além dos dois apresentadores terem uma belíssima voz, os assuntos que discutem são e-s-s-e-n-c-i-a-i-s para a vida do creator? Duvidou? Saca esse episódio:

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Pergunta de milhões, né? O Victor e o Rodrigo abordam as principais dores dos creators, como o acesso a investimentos. No episódio, eles se jogam numa discussão insana sobre como monetizar projetos de entretenimento, destacando quais mecanismos existem hoje e contando alguns caminhos para viabilizar os projetos. Eu falei: episódio de milhões! Rs

PS: além de estar disponível no Spotify, tal qual o link disposto acima, você também pode vê-los, por meio do canal de Youtube. Produções Echoa Originals!

🏞️  O QUE MAIS ROLA NA CREATORSFERA...

  • Construindo comunidades. Olha que chique: nosso grande Rodrigo, fundador e CSO da Echoa, vai ministrar um módulo na On Deck Community Builders Fellowship! O programa tá incrível, e vale à pena conferir. Merchan? Não, não; oportunidade!
  • Air force que nada. A Nike anunciou sua coleção completa de NFTs, em parceria com a RTFKT, estúdio de colecionáveis virtuais. Tá cada vez mais comum ver marcas aderindo ao hype — que já nem sei mais se podemos considerá-los isso.
  • Preço lá no espaço. Lembram-se da internet da Starlink, do Musk, que teve autorização para atuar no Brasil? Pois é, custará, no mínimo, 530 reais por mês. Tá bom pra você? Rs.

Toc toc! Quem é? É a gente mais uma vez passando para lembrá-lo de recomendar a News para galera! Se você conhece alguém que se amarra no assunto, convida para percorrer essa trilha com a gente! Vai ser estouro, acredita. ☄️