#153 O crescimento do BeReal

BeReal é uma rede social criada no final de 2019 pelos franceses Alexis Barreyat e Kévin Perreau. Focada em publicação de imagens, a plataforma não tem a lógica do feed do Instagram e sim exibir conteúdo aleatório e realista, ou seja, impedir o uso de filtros e edições. As publicações são feitas em até 2 minutos, quando o app envia um alerta; daí a câmera frontal ou principal é aberta de maneira automática, para que tudo pareça o mais espontâneo possível — ou fugindo da projeção da perfeição das plataformas vizinhas.

A rede começou a ganhar popularidade em 2021, quando saltou de 10 mil para 400 mil usuários diários entre os meses de março e julho. Atualmente, são mais de 7 milhões de downloads e o número vem aumentando, conforme gráfico abaixo do Apptopia.

A rede ganha tração dentro do público universitário, muito similar ao início do Facebook. EUA, Reino Unido e França são os países com mais downloads até Maio/2022 e o Brasil está em décimo, com cerca de 162 mil downloads e o número só cresce.

Pelo menos nos usuários de iPhone, um recorte interessante é que os usuários brasileiros, em esmagadora maioria, são mulheres e mais jovens (geração Z). Isso explica como essa rede ainda é bastante desconhecida para o público geral (predominantemente millenials e geração X).

Apesar de ainda não chegar perto das grandes redes sociais, o seu crescimento já está despertando interesse na Meta. A empresa está trabalhando em um recurso chamado IG Candid no Instagram e é uma cópia da principal mecânica do BeReal.

Ainda é cedo para saber se a rede social vai se consolidar ou irá morrer como o Clubhouse, mas é nítido o sinal de que os usuários estão procurando alternativas que valorizem mais a autencidade do conteúdo ao invés de grandes produções e edições.

NOVIDADE DA SEMANA

Influenciador digital já é o principal motivador para leitura de um livro

Uma pesquisa do Instituto Pro Livro e Itaú Cultural realizada durante a 26 Bienal Internacional do Livro em São Paulo apontou que 28% dos entrevistados apontaram os influenciadores digitais como principal motivador na escolha do último ou próximo livro para ler. Em seguida, recomendações de amigos aparece com 22%.

Influenciadores também são uma das principais fontes de recomendações de livros com 17% dos entrevistados afirmando que seguem as indicações realizadas pelos criadores de conteúdo. Só perde para livros de filmes ou histórias reais com 19%.

A pesquisa completa está aqui.

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