E se Marighella tivesse conquistado o Brasil?

Um desfile militar de catorze horas de duração marcou a comemoração dos 50 anos da RCB (República Comunista do Brasil). O evento contou com exibição de mísseis nucleares e quase 200 mil soldados, cada um deles portando na mão esquerda o livro “Manual da Guerrilha Urbana”, escrito pelo líder supremo do país.

Para entender como chegamos até aqui, nosso jornal preparou a reportagem especial a seguir.

Esta história começa em 1971, quando bravos guerrilheiros comunistas liderados por Carlos Marighella derrubaram a ditadura militar e implantaram o sistema pelo qual lutavam desde 1964: a ditadura do proletariado.

Ao tomar o poder, o líder cumpriu o que prometeu em seu livro: “expulsaremos os norte-americanos do país e confiscaremos suas propriedades, incluindo as empresas, bancos e terras”, “confiscaremos as empresas de capital privado nacional que colaboram com os norte-americanos e que se opuseram à revolução”, “confiscaremos a propriedade latifundiária... castigando todos os responsáveis por crimes contra os camponeses.”

Como ocorreu na Rússia, em Cuba, na Alemanha Oriental, na Ucrânia, na China, na Tanzânia, na Etiópia e em algumas outras experiências socialistas, a coletivização das fazendas e da rede de abastecimento gerou escassez de alimentos.

O líder supremo resolveu a questão inspirando-se num mecanismo usado na Polônia, em Cuba e que depois também seria adotado por Salvador Allende: um carnê de racionamento. Garantiu assim uma ração diária de alimentos a todos os brasileiros.

Houve problemas de planejamento em algumas das fazendas coletivas. Como ocorreu na Etiópia em 1984, durante o governo socialista de Mengitsu Mariam, a mídia estrangeira passou a publicar fotos de bebês brasileiros famintos nesses locais. O governo resolveu o problema de forma simples: fechou o país para fotógrafos estrangeiros.

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