Afronta se lava com fibra de herói, de gente brava

Hoje, a CPI que não se sabe mais para qual finalidade serve, espera sua atração principal, o General Eduardo Pazuello. E chamo de atração principal porque essa CPI é um verdadeiro circo, uma afronta à moralidade e à justiça brasileira.

No dia 13/5, seis dias atrás, publiquei o seguinte Twitter:

Desde ontem, circula a informação de que realmente o General Pazuello irá fardado à inquisição da CPI. Sim, inquisição, não há nada de inquérito nessa CPI. E eu gostaria muito que junto dele, na plateia, estivessem os comandantes do exército, marinha, e aeronáutica. O motivo para isso está no título desse artigo, que é trecho da canção Fibra de Herói, tradicional do exército brasileiro.

Essa CPI é uma afronta a tudo o que se pode esperar de legalidade nesse país. A começar pelo próprio pedido de CPI para investigar o governo e suas ações e possíveis omissões no combate ao coronavírus. Em seguida pela composição da CPI, com um presidente que é investigado por desvios de 260 milhões de reais da saúde do Amazonas (cuja esposa e irmãos estão presos) e pelo relator, que ainda responde a 9 inquéritos no STF, tendo respondido também a mais 11 inquéritos que foram, benevolentemente, arquivados pelos ministros amigos, talvez por excesso de provas.

Mas não fica nisso. Os depoentes que respondem às perguntas do relator e dos senadores de maneira oposta à intenção da CPI, que é criminalizar o governo, estão sendo constrangidos, coagidos e ameaçados, inclusive de prisão, ao ponto do senador Randolfe Rodrigues, autor do pedido da CPI, ameaçar de prisão o próprio General Pazuello de prisão antes mesmo dele ir depor.

Qual o nome dessa CPI senão CPI do afrontamento? Que preço estes senadores estão dispostos a pagar para incriminar o governo através do melhor quadro de ministros e servidores que já passaram pelo governo federal nos últimos 35 anos?

O senador Randolfe Rodrigues terá coragem de afrontar um General do exército cara a cara? Terá ele, e os investigados por corrupção Omar Aziz e Renan Calheiros, coragem de chamar um General do exército de mentiroso na sua cara ou darem a ele ordem de prisão caso não se sintam satisfeitos com suas respostas?

Essa CPI devia ser extinta, uma vez que não se propõe sequer a investigar governadores e prefeitos por desvio de verbas destinadas ao combate à Pandemia, apesar disso fazer parte da finalidade para a eu essa CPI foi instalada.

Afronta. Não há outra palavra para definir a existência dessa CPI. Afronta às instituições, aos quase 58 milhões de eleitores de Jair Bolsonaro, às leis vigentes no Brasil, à moralidade, à probidade, ao bom senso, à lógica e à nossa inteligência.

Que o General Pazuello cumpra seu papel, fardado, representando não apenas a defesa de sua passagem pelo ministério da saúde, mas também as únicas instituições nas quais o povo brasileiro ainda confia, que são as Forças Armadas do Brasil.

Afronta se lava com fibra de herói, de gente brava. A pátria querida já está envolvida pelo inimigo. Já passa da hora de enfrentar e exterminar esse perigo.

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