Eu gosto de você, Diego

Tem jogador que brilha intensamente e some. Tem jogador que brilha quando não precisa. Tem jogador que sequer brilha. 

Tem brilhantes que só se sentem valorizados na vitrine. E tem jogador que tem culhão de abrir mão de euros pra ser ídolo de um clube e meter uma camisa nos seus filhos.

Diego aceitou o projeto Flamengo quando muita gente ainda duvidava. Foi fundamental. Validou a vinda de muita gente grande, liderou os mais diversos grupos, foi campeão de tudo.

O menino da Vila que encheu os olhos do Brasil. A esperança do "novo 10"  da seleção. Que diga-se, por 40 vezes, se confirmou. 

Educado, inteligente, bondoso. Profissional, sério, correto.  Vencedor nato. Rodou o mundo com a 10, terminou fazendo parte de um dos maiores momentos da história de um gigante. 

Ninguém odeia o Diego. Nem mesmo o tricolor que o viu subindo no escudo pra comemorar. Talvez por impulso, talvez por não ter notado. Mas aposto que foi pelo ímpeto de subir onde sempre sonhou pelo time de coração. 

Ele nega. Mas foda-se. Ele é! Ou foi. 

Gosto desse cara. Sempre que o encontrei ou nos falamos estava sorrindo, ponderando situações e nunca tentou me usar pra falar mal de algum colega, como muitos fazem. 

Sujeito homem. Jogador raro. Caro. Bravo. 

Aos 37, cobrado como se tivesse 30. E não tem. Vai pra casa, Diego. Vai pros EUA. Vai pra onde você quiser. A missão foi mais que cumprida e com sucesso.

Menino da Vila, homem da Gávea. 

Ídolo do nosso futebol. 

Obrigado.

RicaPerrone