Sobre Bolsonaro

É bem cansativo abrir a boca sobre política hoje em dia. Mas diante do momento, das minhas escolhas, do meu perfil e da reação das pessoas, se faz necessário alguns pontos. 

- Eu não sou bolsonarista. Eu votei nele. É diferente. Os rótulos dados sobre isso são mera covardia comum na patota esquerdopata pra rotular pessoas de bom nível intelectual que possa descredibilizar ou confrontar seus absurdos.  Existem diversos textos meus publicados em meu blog onde digo rigorosamente a mesma coisa que hoje. Mas cuzão não lê, rotula. Estão todos lá, inclusive. 

- Não me arrependo disso, pois a opção era o PT. E pra mim nada pode ser mais abominável do que perdoar o maior roubo de todos os tempos. 

- Lealdade a político é burrice. E não devo isso a nenhum político pois sempre me neguei a fazer campanha ou trabalhar na candidatura de qualquer um deles. Recusando inclusive ótimas quantias.  

- Sim, eu acho que o Bolsonaro é perseguido de forma desproporcional pela mídia e pelos artistas.

- Não, eu não acho que ele seja uma vítima do mundo. 

- Não fosse a pandemia talvez eu tivesse vendo um cenário razoável, até bom. Como ela ocorreu, o Bolsonaro se enrolou, foi bastante confuso nas suas ações, intenções e falas, e por isso eu não estou satisfeito com seu governo.

- Não, não o considero genocida e nem fascista. 

- Contra o PT, em 2022, voto nele de novo. Se houver opções até lá mais alinhadas com o que acredito, como foi Amoedo em 2018 (em quem declarei meu voto no primeiro turno por toda a campanha) eu votarei em outro. 

- O fato de eu entrevistar Ciro, Tico Santa Cruz e outros e esquerda não me faz esquerdista. Me faz jornalista. Idem pra quando entrevisto Fontenelle e Constantino. 

- A imprensa é tão incompentente que conseguiu transformar isenção em raridade e defeito. Esse é o papel dela. Se se negam a fazer, eu não me negarei. E não me ofendo, pelo contrário, fico honrado pelo rótulo de isento. 

- Sou também altamente seduzido pelos inimigos dele. Adoro ver um bando de artista hipócrita e jornalistas militantes camuflados de imparciais se mordendo por ver que suas verdades absolutas que manipularam o país por anos hoje não valem nada. 

- Não sou amigo do Jair. Estive com ele duas vezes. Foi extremamente educado e respeitoso comigo de modo que não tenho qualquer motivo pra ser diferente com ele. 

- Adoraria votar nele de novo. Seria sinal que ele teria recuperado o prestígio através de boas decisões em 2022.

- Não perco nenhum seguidor por me posicionar do lado A ou B. Apenas limpo meu público de gente ignorante que acha que está diante de um Fla-Flu. 

-Não acredito em má fé do presidente. Acredito em erros e despreparo. Além de uma vontade militar de conflito que não cabe, embora eu compreenda por formação.

-Em resumo, hoje, como em 2018, eu gostaria de ver um candidato mais próximo do que penso. No caso de não acontecer e a eleição nos levar de novo a Bolsonaro x PT, não tenha dúvidas do que eu farei de frente pra urna. 

- Toda pessoa que tenta menosprezar o eleitor do Bolsonaro e apertou o 13 é um tremendo hipócrita sem noção e sem espelho em casa. 

- Não sejam petistas de direita. 

- Sigo torcendo pelo presidente como torço pra todos que possam melhorar o Brasil acertarem. O sujeito que torce contra não deve sequer ser levado a sério. Torci pela Dilma, pelo Lula, por treinadores que eu odiava no meu time e por jogadores que eu considero uma porcaria. Mas eu quero ganhar. E ganhar não é ter razão, é ver dar certo.

- Presidente, falta um ano ainda. Ao menor sinal de correção de rumos e postura, há mais gente honesta disposta a perdoar o erro do que militantes dispostos a relativizar o roubo por ideologia. 

Vou levar no meu programa os maiores petistas do mundo, os maiores bolsonaristas e não vou deixar de fazer isso porque um bando de retardado quer pautar a imprensa que ele tanto odeia a fazer exatamente a mesma palhaçada que anda fazendo com um lado, com outro. 

Toda crítica vinda de quem só critica e todo elogio vindo de quem só elogia tem - ou deveria ter - peso nulo na sua avaliação. 

Pra 2022 eu quero um país melhor, o fim desse virus maldito, saúde, paz e o hexa. Ter razão é o menor dos meus problemas. 

Boa noite. 

RicaPerrone