Uma derrota e junto com ela vários sinais de alerta para a seleção brasileira
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Uma derrota e junto com ela vários sinais de alerta para a seleção brasileira

A derrota por 1  x 0 do Brasil para Camarões, ontem (02), no estádio Lusail que marcou o encerramento da Fase de Grupos da Copa do Mundo no Catar, revelou vários sinais sobre o desempenho da seleção brasileira de Tite em campo. O primeiro é q...

Vitor Costa
3 min
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                                                                                                          Créditos: Ian MacNicol/Getty Images

                         Jogadores do Brasil cabisbaixos após a derrota para Camarões
                         Jogadores do Brasil cabisbaixos após a derrota para Camarões

A derrota por 1  x 0 do Brasil para Camarões, ontem (02), no estádio Lusail que marcou o encerramento da Fase de Grupos da Copa do Mundo no Catar, revelou vários sinais sobre o desempenho da seleção brasileira de Tite em campo. O primeiro é que Copa do Mundo é uma competição que não permite margem para erros, segundo, a vitória contra a Sérvia por 2 x 0 na primeira rodada, criou-se uma falsa sensação de que tudo estava bem e o time era imbatível.

Antes  de mais nada vale recordar o que escrevi em outras ocasiões, muito antes do Mundial. No qual afirmei que a 22° edição do Mundial, a última nesse formato de 32 seleções, seria uma das mais equilibradas de todos os tempos, principalmente se considerarmos que devido a Pandemia de COVID-19, e as mudanças no calendário do futebol mundial, até aqui nenhuma seleção de 2018 para cá chegou voando nesta copa.

Nem mesmo os Europeus que de 2006 para cá venceram as últimas cinco copas do mundo, e tido como favoritos estão na ponta dos cascos. A prova disso são as eliminações de Bélgica, Alemanha, e o sufoco da Espanha, que quase acabou eliminada pelo Japão, mesmo perdendo por 2 x 1, fruto da soberba e arrogância do seu técnico Luís Enrique, que quase pôs tudo a perder, e ainda assim garantiu a classificação as oitavas de final.

O futebol é cíclico, O mundo evolui e junto com ele os times também, ter história e camisa tradicional não significa que você terá sucesso em campo. Da mesma forma ter o controle de jogo não significa que você foi o melhor no jogo inteiro. O que se viu foi um Brasil preguiçoso e sem criatividade, que foi aos poucos abrindo as espaços para os Camaroneses chegarem. Mesmo sabendo que a classificação era praticamente impossível.

Vieram várias mexidas feitas por Tite que pouco surtiram efeito, e o resultado o time se transformou em um bando todo ele descoordenado e sem objetividade, com apenas alguns lampejos vindos de Gabriel Martinelli e Bruno Guimarães. Até que aos 47 do segundo tempo, após cruzamento vindo da direita, o centroavante Aboubakar, subiu entre os dois zagueiros e marcou o único gol de Camarões. 1 x 0. E em seguida por tirar a camisa acabou expulso.

O que é um absurdo. o sujeito não pode sequer comemorar um gol, que é penalizado dessa forma. Isto acaba matando a beleza do futebol. Por outro lado, o gol de Aboubakar se tornou um marco porque pela primeira vez em edições de Copa do Mundo a seleção brasileira sofreu um revés para uma seleção africana, algo que até então jamais tinha acontecido.

O ciclo virou e a teimosia do técnico brasileiro segue, e se não rever suas escolhas como insistir com Daniel Alves como lateral direito, apenas por ser um jogador transcendente atemporal? Uma hora pode custar caro. Prova disso foi o drible desconcertante que sofreu durante a partida. O Brasil pode ter passado em primeiro do chave, e enfrenta a Coreia do Sul na segunda-feira(05), completamente pressionados.

E o histórico de eliminações brasileiras nas últimas copas mostraram que o time nas fases eliminatórias apresenta séria instabilidade emocional. Principalmente quando joga sob pressão. Nessa fase a questão emocional faz toda a diferença, e em uma circunstância adversa como essa, fica difícil prever qual será o comportamento do time em campo. Ainda mais numa copa tão imprevisível e com várias surpresas.