E Messi mais uma vez salvou a Argentina de um vexame

                                                                                                                Imagem: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

Uma final de Copa do Mundo. Assim foi o clima entre a torcida da Argentina antes de a bola rolar para o confronto decisivo contra o México pelo Grupo C, disputada na tarde de hoje no estádio Lusail, palco da final da Copa do Mundo no Catar. Pressionados após a desastrosa derrota por 2 x 0 diante a Arábia Saudita na última terça-feira (24), os comandados de Lionel Scaloni precisavam da vitória para não serem eliminados do Mundial.

A partida começou bastante truncada entre ambas as seleções, com a Argentina indo para o ataque logo de cara em função da sua situação, com o risco de ser eliminada na fase de grupos pela terceira vez, mas, esbarrava na falta de qualidade e pontaria dos jogadores. Muito em função da pressão que rondava os comandados de Scaloni, o que afetou o rendimento da equipe na primeira etapa.

Por outro lado, os mexicanos buscavam se concentrar marcando sob pressão, tanto que a partida na primeira etapa foi muito truncada com muitas faltas, além de pouco ameaçar ao gol de Emiliano Martínez, a não ser em alguns lampejos com os seus atacantes Veja e Lozano jogando pelas beiradas e nada mais do que isso. Ainda na primeira etapa o treinador argentino Tata Martino, sacou Guardado por Gutierres, por que o primeiro saiu machucado.

Era nítido para quem assistiu o primeiro tempo percebeu que sobrava raça e valentia para os argentinos, todavia, era preciso ter ousadia e audácia para reverter uma situação tão crítica como aquela. Foi então que sabendo disso Scaloni na volta do intervalo sacou o meia Guido Rodríguez, para a entrada de Enzo Fernandez, além de tirar Lautaro Martinez para a entrada do garoto prodígio Julian Alvaréz hoje no City.

Com as trocas a Argentina começou a se soltar e a encurralar o México de vez, mas ainda faltava o inusitado e o inesperado acontecer naquela altura da partida. E ele veio. Até que aos 18 minutos do segundo tempo, após passe na medida de Dí Maria na direita, Lionel Messi, dominou e chutou com a sua canhota mágica de fora da área para o gol de Ochoa, para abrir o placar. 1 x 0 Argentina. Um gol de gênio! De quem sabe fazer a diferença mesmo em um cenário tão adverso como aquele.

Assim foi “La Pulga” que com mais esse gol marcado com a camisa Albiceleste que de quebra conseguiu quebrar dois recordes, o de jogador com mais partidas disputadas em uma Copa do Mundo, se igualando ao ídolo Maradona, com 21 jogos, além do alemão Lothar Matheus com 25 jogos. Em compensação atônitos os mexicanos assistiram atônitos a euforia argentina, enquanto seu técnico Tata Martino pouco se movimentou para fazer o time reagir em campo.

Que aliás entrou em campo jogando pelo regulamento e completamente acomodado. Tanto que dali em diante assistiu uma blitz portenha com uma sucessão de chances para tentar liquidar a fatura. E o castigo veio aos 41 minutos do segundo tempo, quanto após uma jogada de escanteio o meia Enzo Fernandez, recebeu e pedalou para cima de Gutierrez e fez um lindo chute sem chances para Ochoa. 2 x 0 a fatura estava liquidada.

Por essa razão quis o destino que os deuses do futebol mais especificamente o " El Dios Maradona", que ontem (25), completou dois anos de sua morte, agisse para fazer a sua seleção renascer e seguisse viva para buscar a vaga as oitavas de final. Juntamente com isso os mexicanos que antes vislumbravam a passagem as oitavas viram sua situação se complicar de vez.

Porque na última rodada que será realizada na próxima quarta (24), precisa vencer a Arábia Saudita por uma diferença de quatro gols para se classificar. Por outro lado a Argentina precisa somente vencer a Polônia para se classificar a fase de mata mata da competição. E até lá aguardar para ver o gênio Messi inscrever mais outros belos capítulos em sua última jornada mundialista.