A sua razão ou motivação para enriquecer ou fazer sucesso é crucial. Se
A sua razão ou motivação para enriquecer ou fazer sucesso é crucial. Se |
ela possui uma raiz negativa, como o medo, a raiva ou a necessidade de provar |
algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe trará felicidade. |
Por quê? Porque nenhum desses problemas pode ser resolvido com |
dinheiro. Veja o caso do medo, por exemplo. Nos seminários, costumo perguntar |
à platéia: "Quantos de vocês diriam que o medo é a sua principal motivação |
para o sucesso?" Poucas pessoas erguem o braço. No entanto, quando eu |
pergunto "Quantos de vocês diriam que a segurança é uma das suas principais |
motivações para o sucesso?", quase todos os presentes levantam a mão. Mas |
preste atenção - a segurança e o medo são ambos motivados pelo mesmo fator. |
A busca por segurança tem origem na insegurança, cujo fundamento é o medo. |
Será que mais dinheiro dissipa o medo? Quem dera! A resposta é: |
absolutamente, não. Por quê? Porque o dinheiro não é a raiz do problema; o |
medo, sim. E o pior é que esse sentimento, mais do que um problema, é um |
hábito. Portanto, ganhar mais dinheiro apenas mudará o tipo de temor que |
trazemos dentro de nós. Quando não possuímos nada, sentimos medo de não |
conseguir chegar lá ou de não termos o suficiente. Se atingimos um patamar |
qualquer, o medo passa a ser "E se eu perder tudo o que consegui?", ou "Todo |
mundo vai querer o meu dinheiro", ou ainda "Vou ter que pagar uma fortuna de |
impostos". Em resumo, se não formos à raiz da questão e nos livrarmos do medo, |
nenhuma quantidade de dinheiro será capaz de nos ajudar. |
É claro que a maioria das pessoas, se pudessem escolher, preferiria se |
preocupar com a possibilidade de perder o dinheiro que possui a não ter um |
centavo, mas nenhuma dessas duas hipóteses propicia um modo agradável de |
viver. |
Assim como existem pessoas movidas pelo medo, há quem seja motivado a |
alcançar o sucesso financeiro para provar que "é suficientemente capaz". Vou |
tratar detalhadamente desse desafio na parte 2. Por enquanto, apenas entenda |
que nenhuma quantidade de dinheiro jamais fará de você alguém competente. |
O dinheiro não pode transformá-lo em algo que você já é. Volto a dizer: assim |
como acontece com o medo, a necessidade de provar a sua competência o |
tempo todo acaba se tornando o seu modo de viver. Nem passa pela sua |
cabeça que essa necessidade está governando os seus atos. Você se considera |
um grande realizador, um baita líder, uma pessoa determinada, características |
que são todas excelentes. A questão que permanece é: por quê? Que motor |
está na raiz de tudo isso? |
No caso dos indivíduos movidos pela necessidade constante de provar que |
são capazes, nenhuma quantidade de dinheiro consegue aliviar a dor daquela |
ferida interna que faz com que, para eles, todas as coisas e todas as pessoas da |
sua vida não são "o suficiente". Nem todo o dinheiro do mundo, nem qualquer |
outra coisa do gênero, será o bastante para quem não se sente capaz. |
Mais uma vez: está tudo dentro de você. Lembre-se: o seu mundo interior |
reflete o seu mundo exterior. Se você não se considera pleno, acabará |
confirmando essa crença e criando a realidade de que não tem o suficiente. Por |
outro lado, se você se sente uma pessoa plena, validará essa crença gerando |
abundância. Por quê? Porque a plenitude é a sua raiz e ela se tornará o seu |
modo natural de viver. |
Desvinculando a sua motivação para ganhar dinheiro da raiva, do medo e |
da necessidade de auto-afirmação, você poderá estabelecer novas associações |
para prosperar financeiramente por meio do propósito, da contribuição e da |
alegria. Assim, nunca terá que se livrar do dinheiro para ser feliz. |
Ser rebelde ou ser o oposto dos seus pais na área financeira nem sempre é |
um problema. Ao contrário, se você é um rebelde (geralmente o caso do |
segundo filho) e a sua família tem hábitos negativos no que diz respeito ao |
dinheiro, é muito bom pensar e agir de forma oposta a ela nessa questão. Por |
outro lado, se os seus pais são bem-sucedidos e você está se voltando contra |
eles, pode estar a caminho de enfrentar sérias dificuldades financeiras. |
Em qualquer dos casos, o importante é reconhecer como o seu modo de |
ser se relaciona com um dos seus pais ou com ambos em matéria de dinheiro. |
Passos para a mudança: exemplo |
CONSCIENTIZAÇÃO -Pense no modo de ser e nos hábitos dos seus pais em |
relação à riqueza e ao dinheiro. Liste por escrito em que aspectos você se |
considera igual a cada um deles ou o seu oposto. |
ENTENDIMENTO - Escreva sobre o efeito que esse exemplo vem causando |
na sua vida financeira. |
DISSOCIAÇÃO - Você compreende que esse modo de ser é apenas o seu |
aprendizado passado, e não quem você é? Consegue perceber que tem a |
opção de ser diferente agora? |
DECLARAÇÃO |
O exemplo que tive a respeito do dinheiro era o modo de agir dos meus |
pais. A minha maneira de fazer as coisas nessa área sou eu que escolho. |
Agora diga: Eu tenho uma mente milionária! |
A terceira influência: episódios específicos. |
A terceira forma básica de condicionamento são os episódios específicos. |
Que experiências com dinheiro, riqueza e pessoas você teve quando criança? |
Elas são extremamente importantes porque moldaram as crenças - ou melhor, as |
ilusões - que hoje governam a sua vida. |
Vou dar um exemplo. Josey, uma enfermeira de sala de cirurgia, foi ao |
Seminário Intensivo da Mente Milionária. Os seus rendimentos eram excelentes, |
mas ela sempre gastava tudo. Quando cavamos um pouco mais fundo, ela falou |
de um episódio que vivera aos 11 anos de idade. Estava com os pais e a irmã |
num restaurante chinês. A mãe e o pai começaram mais uma das suas brigas por |
causa de dinheiro. De pé, o pai gritava e esmurrava a mesa com o punho |
quando ficou vermelho, depois azul, e caiu no chão, vítima de um ataque |
cardíaco. Josey era da equipe de natação da escola e tinha feito o treinamento |
de ressuscitação cardiopulmonar. Tentou de tudo, mas não adiantou. O pai |
morreu nos seus braços. |
Desse dia em diante, a sua mente passou a associar o dinheiro à dor. Não |
admira que, quando adulta, Josey tenha passado a se livrar subconscientemente |
de todo o dinheiro que ganhava, na tentativa de dar um fim à dor. Outro dado |
interessante é o fato de ela ter se tornado enfermeira. Por quê? Talvez ainda |
estivesse tentando salvar o pai. |
No curso, nós a ajudamos a identificar e revisar o seu antigo modelo de |
dinheiro. Hoje ela está a caminho de se tornar financeiramente independente. E |
não é mais enfermeira. Não que não gostasse do trabalho, o problema é que |
estava nessa profissão pelo motivo errado. Hoje Josey trabalha com |
planejamento financeiro personalizado, ajudando as pessoas a entender como a |
programação passada governa todos os aspectos da sua vida financeira. |
O próximo exemplo de episódio específico é mais pessoal. Quando a minha |
mulher tinha oito anos de idade, toda vez que ela ouvia a buzina do caminhão |
de sorvete na sua rua, corria até à mãe para pedir uma moedinha. E ouvia a |
seguinte resposta: "Sinto muito, querida, eu não tenho. Peça ao seu pai". Ele |
então lhe dava uma moeda e ela ia comprar o sorvete, feliz da vida. |
Toda semana essa mesma história se repetia. O que foi, então, que a minha |
mulher aprendeu a respeito do dinheiro? |
Primeiro, que são os homens que têm dinheiro. E o que você acha que ela |
esperava de mim quando nos casamos? Exatamente: que eu lhe desse dinheiro. |
Só que agora ela não pedia mais moedinhas! Já era uma mulher formada. |
Segundo, ela aprendeu que mulher não tem dinheiro. Se a sua mãe (a |
deusa) não o tinha, obviamente era assim que as coisas deviam ser. Para |
confirmar esse padrão, ela se livrava subconscientemente de todo o dinheiro que |
ganhava. E era sempre precisa nesse aspecto. Se eu lhe desse US$ 100, ela |
gastava US$ 100. Se lhe desse US$ 200, ela gastava US$ 200, se lhe desse US$ 500, |
ela gastava US$ 500. Foi quando ela fez um dos meus cursos e aprendeu tudo |
sobre a arte da alavancagem financeira. Eu lhe dava US$ 2 mil e ela gastava US$ |
10 mil! Tentei explicar: "Não, meu amor, com alavancagem quero dizer que nós |
deveríamos receber US$ 10 mil, e não gastá-los". Por alguma razão, esse conceito |
não se fixava na sua mente. |
O único motivo pelo qual nós brigávamos era o dinheiro. Isso quase custou |
o nosso casamento. O que não sabíamos era que dávamos significados |
inteiramente diferentes a ele. Para a minha mulher, dinheiro correspondia a prazer |
imediato (como saborear um sorvete). Eu, por outro lado, cresci com a crença de |
que ele devia ser acumulado para proporcionar liberdade. |
No que me dizia respeito, quando a minha mulher gastava dinheiro, ela |
estava acabando com a nossa liberdade futura. E, do ponto de vista dela, |
sempre que eu a impedia de gastar, estava tirando o seu prazer de viver. |
Felizmente, aprendemos a reavaliar os nossos respectivos modelos |
financeiros e, mais importante, a estabelecer um terceiro modelo específico para |
o nosso relacionamento. |
Será que dá certo? Deixe-me responder da seguinte maneira: eu |
testemunhei três milagres na minha vida: |
1. O nascimento da minha filha. |
2. O nascimento do meu filho. |
3. O fim das minhas brigas com a minha mulher por causa de dinheiro. |
As estatísticas mostram que a causa mais freqüente das separações e |
divórcios é o dinheiro. E o principal motivo por trás das brigas não é o dinheiro em |
si mesmo, mas o conflito entre "modelos de dinheiro"! Não importa quanta grana |
você tenha ou deixe de ter. Se o seu modelo não é compatível com o da pessoa |
com quem se relaciona, há um grande desafio à sua frente. Isso vale para |
pessoas casadas, namorados, familiares e até sócios. O fundamental é |
compreender que você está lidando com modelos, e não com dinheiro. Uma vez |
que tenha identificado o modelo financeiro do seu parceiro ou da sua parceira, |
conseguirá lidar com ele de um modo que satisfaça ambos. |
O primeiro passo é se conscientizar de que os arquivos de dinheiro dessa |
pessoa são provavelmente diferentes dos seus. Em vez de se aborrecer, procure |
compreender. Faça o possível para saber o que é importante para ela nessa área |
e identifique as suas motivações e os seus receios. Assim, estará lidando com as |
raízes e não com os frutos, e terá uma boa chance de solucionar o problema. Do |
contrário, perca a esperança. |
Passos para a mudança: episódios específicos |
Há um exercício que você pode fazer com o seu parceiro ou com a sua |
parceira. Sentem-se e falem sobre as histórias envolvendo dinheiro que cada um |
de vocês tem na memória - o que ouviam quando crianças, os respectivos |
modelos familiares e quaisquer episódios emocionais específicos que tenham |
vivido. Descubram também o que o dinheiro realmente significa para ambos: |
prazer, liberdade, segurança, status. Isso os ajudará a identificar os seus modelos |
de dinheiro atuais e descobrir os motivos das suas divergências nessa questão. |
Em seguida, falem a respeito do que vocês querem hoje, não como |
indivíduos, mas como parceiros. Cheguem a um acordo e decidam sobre os seus |
objetivos gerais e as suas atitudes em relação a dinheiro e sucesso. Depois, |
escrevam num papel uma lista das ações que os dois consideram positivas para |
guiar a sua vida. Prendam o papel na parede e, sempre que houver um |
problema, lembrem-se mutuamente e com toda a gentileza daquilo que vocês |
decidiram juntos quando conversaram de maneira objetiva, desapaixonada e |
livre das garras dos seus antigos modelos de dinheiro. |
CONSCIENTIZAÇÃO - Pense num episódio emocional específico a respeito |
de dinheiro que você tenha vivido quando criança. |
ENTENDIMENTO - Escreva sobre como esse episódio pode ter afetado a sua |
vida financeira atual. |
DISSOCIAÇÃO - Você compreende que esse modo de ser é apenas o seu |
aprendizado passado e não quem você é? Consegue perceber que tem a |
opção de ser diferente agora? |
DECLARAÇÃO |
Eu me liberto das minhas experiências passadas negativas com dinheiro e |
crio para mim um futuro novo e rico. |
Agora diga: |
Eu tenho uma mente milionária! Afinal, o que está programado no seu |
modelo de dinheiro? |
É hora de responder à pergunta que vale um milhão. Qual é o seu atual |
modelo de dinheiro e sucesso e para quais resultados ele está dirigindo você |
subconscientemente? Você está programado para o sucesso, para a |
mediocridade ou para o fracasso financeiro? Está programado para viver na |
dureza ou para fazer fortuna? Está programado para batalhar por dinheiro ou |
para trabalhar de forma equilibrada? |
Você está condicionado a ter um rendimento estável ou flutuante? Já sabe |
do que se trata: primeiro você tem, depois não tem, depois tem, depois não tem. |
Sempre parece que as causas dessa drástica variação vêm do mundo exterior. |
Por exemplo: "Eu tinha um ótimo emprego, mas a empresa faliu. Então comecei o |
meu próprio negócio. As coisas iam de vento em popa, porém o mercado |
encolheu. O meu negócio seguinte ia muito bem até o meu sócio sair", etc. Não |
se iluda, esse é o seu modelo em operação. |
Você está programado para ter uma renda baixa, uma renda média ou |
uma renda alta? Sabia que existem quantidades de dinheiro que a maioria das |
pessoas está programada para receber? Você está programado para ganhar de |
R$ 30 mil a R$ 40 mil por ano? De R$ 50 mil a R$ 60 mil? De R$ 80 mil a R$ 100 mil? |
De R$ 200 mil a R$ 300 mil? Mais de R$ 350 mil? |
Alguns anos atrás, numa das minhas palestras, havia na platéia um |
cavalheiro inusitadamente bem vestido. Quando terminei a apresentação, ele |
veio até mim e perguntou se eu achava que o Seminário Intensivo da Mente |
Milionária poderia fazer algo por ele, considerando que os seus rendimentos já |
eram de US$ 500 mil por ano. Perguntei-lhe há quanto tempo ele ganhava esse |
valor. Ele respondeu: "Há sete anos seguidos". |
Era tudo o que eu precisava ouvir. Perguntei-lhe, então, por que ele não |
ganhava US$ 2 milhões por ano. Disse-lhe que os princípios que ensino são |
destinados a pessoas que desejam atingir o seu pleno potencial financeiro e lhe |
pedi que pensasse no motivo pelo qual ele estava parado no meio milhão. Ele |
decidiu participar do seminário. |
Um ano depois, recebi dele um e-mail que dizia: "O meu aprendizado foi |
incrível, mas cometi um erro. Reprogramei o meu modelo de dinheiro para |
ganhar apenas US$ 2 milhões por ano, como discutimos. Como já cheguei lá, |
estou me reprogramando para obter US$ 10 milhões anuais". |
A questão é: o seu rendimento anual não importa. O que interessa saber é |
se você está atingindo o seu pleno potencial financeiro ou não. Talvez você |
esteja se perguntando por que diabos uma pessoa precisa de tanto dinheiro. |
Primeiro, a própria pergunta não é francamente positiva para a sua riqueza, mas |
um sinal de que você deve rever o seu modelo de dinheiro. Segundo, o principal |
motivo pelo qual aquele senhor queria ganhar tudo aquilo era aumentar as suas |
doações a uma instituição de caridade que ajuda vítimas da AIDS na África. Um |
golpe na crença de que as pessoas ricas são gananciosas. |