Messi chegou e Paris é uma Festa
10
0

Messi chegou e Paris é uma Festa

Arrisco dizer que a última vez que um baixinho entrou aclamado assim na capital Francesa foi em 1815, quando Napoleão Bonaparte fugiu de seu primeiro exílio na ilha de Elba e reassumiu o cetro e a dignidade imperial e promoveu o famoso Governo de 100

Carter Batista08/15/2021
2 min
10
0
Email image

O personagem da  semana não pode ser ninguém além do futebolista Lionel Andrés Messi Cuccittini. Personagem da semana, do mês, do semestre, do ano de 2021 inteiro: entreguem as taças.

Não há nada que o Messi faça hoje em dia que não ganhe uma proporção global, mas a sua saída de Barcelona seguida rapidamente de sua chegada à Paris caiu como uma bomba de hidrogênio no noticiário futebolístico.

Ano passado ele estava claramente insatisfeito e queria sair. O Barcelona, por sua vez, não liberou. Esse ano, ele havia decidido ficar, estava pronto para liderar o time que vai se reorganizando ao lado de seu compadre Sergio Agüero, mas o Barcelona, alegando compromissos fiscais, praticamente o mandou embora.

Prometia-se uma novela daquelas com praticamente todos os clubes do mundo interessados em contratar o rosarino, sendo que Chelsea, Manchester City e o PSG eram os únicos que realmente pareciam poder contratar. Não houve novela. Num dia, ele se despediu emocionado do Barcelona, no dia seguinte estava desembarcando em Paris em meio a uma grande recepção e euforia generalizada.

Arrisco dizer que a última vez que um baixinho entrou aclamado assim na capital Francesa foi em 1815, quando Napoleão Bonaparte fugiu de seu primeiro exílio na ilha de Elba e reassumiu o cetro e a dignidade imperial e promoveu o famoso Governo de 100 dias que terminou com sua derrota em Waterloo, na Bélgica, para as tropas aliadas lideradas pelo Duque de Wellington.

E o que veremos a partir deste final de semana, quando arrancam todas as ligas europeias, é se alguma equipe do Velho Continente será capaz de montar uma coalisão como aquela liderada por Sir Arthur Wellesley e derrotar os franceses, que além de Messi, ainda contam com Neymar, Sérgio Ramos, Donnarumma, Wijnaldum, Hakimi, Mbappe, Marquinhos, um verdadeiro scratch transnacional.

Ainda durante a semana, correu a notícia de que o dono do Paris Saint-Germain não está satisfeito e que deseja trazer Cristiano Ronaldo para usar a camisa 7 desse verdadeiro esquadrão que foi montado. Seria fácil demais torcer para o Paris com essa aquisição.

Não que já não seja. Talvez a vida do parisiense só tenha sido mais fácil nos anos 20, época em que Ernest Hemingway lá viveu e lançou a ideia romântica de que era possível viver em   La Ville Lumière com apenas um dólar por dia no sue livro Paris é uma Festa.

Bons tempos aqueles...

Até porque Lionel Messi vai ter que dar um jeito de sobreviver em Paris ganhando apenas o seu salário mensal de 20 milhões de reais. Na atual cotação do Euro e do Dólar no Brasil, a situação de Messi não deixa de ser preocupante.

Email image
Related articles
Support
More Options