O que vocês vão ler à seguir não é uma resenha de O Sétimo Selo; (meu filme favorito) é mais umas anotações que eu fiz pra mim mesmo durante e depois de assistir o filme pela segunda vez, tirado do meu bloquinho de notas e de um comentário que eu fiz num vídeo do canal: Entre Planos. | ||
É uma abordagem de O Sétimo Selo através do medo da morte, do desconhecido e da crise de fé (ou falta dela) em cada um dos 7 personagens que compõem a dança da morte. E também alguns outros comentários aleatórios. | ||
Desculpa ser um pouco chato e repetitivo com esse lance de desconhecido, tapar o sol com a peneira... etc. Mas não tem como não falar de O Sétimo Selo sem falar disso. | ||
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(...) Também da pra dizer que Block (Antonius Block) é um cara intelectualmente humilde e cheio de dúvidas, assim como o ferreiro e a esposa; mas sobretudo, inocente, idealista e um tanto quanto massa de manobra da guerra. O escudeiro é um ateu convicto, (crente da sua descrença) e o pessoal que se chicoteia (durante as peregrinações esquisitas) são crentes convictos. | ||
Ou mesmo: O que é a morte? | ||
Fora isso, não temos respostas, então a religião surge como um tapa-buraco dessa dúvida cruel. | ||
Ele é um ateu crente, assim como um cristão crente, então não tem desconhecido a temer, no máximo, uma tristeza pelo fim. Será mesmo? | ||
Só dando um adendo, escolher ser estoico em aproveitar a vida e aceitar a morte quando ela vêm é a melhor resposta para um cético, mas não é de que o Escudeiro desfruta, talvez quem quase chega perto de encontrar isso é o Block; quando ele entende o valor da vida em aproveitar o momento, (que não é hedonismo, e sim epicurismo). | ||
Uma coisa importante a se comentar é que não existe nenhum personagem alheio à esses defeitos e mecanismos de insegurança; não tem Ubermensch, tá todo mundo zuado. | ||
Exceeeto alguém que quase chega perto. | ||
Voltando pro Escudeiro... | ||
E mesmo que não fosse. Que ele realmente fosse o único ser iluminado capaz de não temer o desconhecido, | ||
Ele não teria o desconhecido como medo da morte, mas teria a dor do fim da vida. | ||
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O fim da guerra santa, seguido da terceira e quarta cruzada, seguido do auge da inquisição e da pior fase da peste negra. A igreja católica nunca matou tanto, e pra piorar, os ratos faziam o resto. O filme se passa durante esse período da história que tudo aconteceu meio junto e que todos acreditavam que o “Apocalipse” era o presente. | ||
Voltando ao Block... | ||
O Block já não consegue ficar livre de nenhum desses dois. Ele não sabe se acredita em Deus e nem se não acredita, essa dor corrói ele, e ele é um cara que está sempre desesperadamente na busca pelo "conhecimento" a gente é assim, não entender algo dói, e não entender a morte que já dói, é pior ainda. , É possível que ele estava com a peste desde o começo, mas inventou essa manifestação da morte pra se agarrar na possibilidade de que ele pudesse viver. | ||
A morte virou esperança. | ||
Foi por conta desse olhar que Antonius Block, seu escudeiro e eu choramos. | ||
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Eu disse no meio do texto que tinha um personagem que chegou bem perto de ficar alheio à todo esse sofrimento e dúvida. Esses, são os atores de teatro. | ||
Além de ter um lance bem meta-ficcional com eles; eu tenho quase certeza de que é uma metáfora pra representar os atores e diretor (a equipe) por trás do filme como personagens. Mas também da arte. | ||
Nesse lance, os atores de teatro são a parte mais abstrata e enigmática do filme. Não que seja difícil interpretar alguns de seus significados, ele é bem direto e poucas palavras nesse sentido, mas dá pra dizer que apesar de “fácil” ele possui uma porção de significados simultaneamente. | ||
É difícil dizer com certeza pra mim se eles tão mais representando um artista ou são a personificação da própria arte em tempos de crise, porque faz tempo que eu assisti e não lembro muito bem. | ||
Possivelmente os dois. | ||
Não dá pra dizer que eles não estão vendo que tá tudo colapsando, mas todos eles adotam uma certa posição de cinismo (no sentido original, de cachorro louco, Diógenes, mas genérico também) e talvez... uma dose de Amor Fati? | ||
Esse eu acho que nem tanto. Mas eles são sim bem cínicos, eles riem na cara do perigo, dança na desgraça, finge que não se importa e talvez até não se importem mesmo. Em palavras mais fáceis, os atores tão tocando o violino enquanto o barco afunda. | ||
Mas aqui que tem uma certa dose de importância; talvez até de súplica pra que você os veja como importantes e não como inúteis, e nesse sentido, eu prefiro acreditar que foi uma leitura da “Arte” em si personificada neles, e não no “Artista” que exerce. | ||
O filme toma uma posição bem clara nesse sentido, contrária à alegação tão popular de que “A arte é inútil” inclusive, defendida por artistas muitas vezes, e com uma considerável argumentação boa. | ||
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Lembrando, é o Apocalipse. Estamos falando sobre arte em tempos de crise. | ||
Tanto que a primeira frase de um dos atores é: As pessoas não estão interessadas em arte. | ||
E em tempos de crise, não estão mesmo. Da pra fazer um certo paralelo com a revolta do senso comum sobre que “o Brasil na merda que tá, e ainda se preocupa com Arte e Lei Rouanet”. Meio como se, arte não importa, o que importa é ter o que comer no dia seguinte. Essa é a prioridade. Depoissss a gente se preocupa com artezinha. | ||
1 - Só que vale lembrar também, quanto no Império Romano além de pão, o povo queria circo; o quanto durante a pandemia de uns anos atrás as lives, podcast e etc explodiu de view, e o quanto o pessoal é sim; avesso à arte em tempos de crise, mas a consome o tempo todo. | ||
2 - O quanto o quanto da influência e Política Americana que hoje domina teve como arma a música e o cinema; o quanto que a mensagem de um filme que a gente gosta é mais levado à seria do que um conselho dos pais, ou uma aula desinteressante; o quanto que na redução de violência e criminalidade, investir na disseminação de cultura e educação realmente dá mais resultado que militarização; o quanto que apesar de ter que apelar pra violência, boa parte da influência da igreja católica na época era com pinturas, esculturas e adereços. | ||
Diante da posição que todo mundo enxerga da arte e do artista como cínico, o filme faz isso, pra em seguida chamá-los de hipócritas de certa forma. Do tipo, fala que não importa, mas tá consumindo o tempo todo. | ||
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Mas... que não rebate diretamente o fato de ser cínica ou não. | ||
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Ouuuu | ||
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Que eles tão fazendo algo de importante, que realmente importa; que pode trazer consequências positivas ou negativas de qualquer forma. E que a resposta pra um problema, sempre é a arte. Tal qual como o filme. | ||
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Olhando pro tópico 1 - a afirmação de “Pessoas não estão interessadas em arte” não é uma contradição, mas sim uma verdade mesmo. | ||
Porque as pessoas não tão interessadas em arte, não estão interessadas no potencial de aprendizado que ela tem; elas tão interessadas é em Entretenimento. | ||
E entretenimento realmente é meio inútil (na resolução de problemas) (mas é bem útil na saúde emocional) e pode ser sim que eles sejam cínicos e também não saiba disso. | ||
Essas são algumas das minhas interpretações sobre o filme. Agora eu vou colocar algumas anotações que fiz enquanto assistia ele pela primeira vez no dia 26/02/2022 envolvem analisar o próprio filme e extrair algumas ideias dele. Depois vou dar uma nota no final. | ||
Esperem, mas não tão ansiosamente. | ||
Na metade do século 14, Antonius Block e o seu vassalo, após longos anos nas cruzadas na terra santa; finalmente voltam para a sua Suécia (vossa terra natal) | ||
Uma terra devastada pela peste negra | ||
Começo inventado meio desconexo ou não? | ||
Medo da morte / morte com xadrez | ||
Barganha | ||
Peste negra dps das cruzadas | ||
Suecia devastada (morto fala q ta perto) | ||
Menosprezo da classe artistica (atores) | ||
Arte é inutil?? Em tempos de desepero? | ||
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Passaro cena 1 | ||
"E havendo o cordeiro...." | ||
Antonius Block e o caba na praia | ||
Rezou | ||
Close xadrez | ||
Morte chama ele | ||
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Morta joga xadrez ---> em pinturas | ||
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Cena 2 - Cavalgada dos 2 cara | ||
Ele ve um cara morto e esse cara "mostra o caminho" | ||
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Cena 3 - Artistas ou ladroes q moram numa condicao mediana ruim (atores) | ||
Casal + diretor --> tem cavalo e dormitorio | ||
Um deles ve virgem maria | ||
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O caba morto q eles vem na cena 3 é o ator e diretor | ||
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●Igreja usa atores pra amedrontar da morte como aviso | ||
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Cena 4 - Block e Vassalo chegam no dormitorio/abrigo/igreja | ||
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Desenhando dança da morte | ||
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●Se você assustá-los | ||
Eles irão pensar- | ||
Então eles irão pensar... | ||
E ainda ficarão mais assustados | ||
E cairão nos braços dos padres. | ||
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Pensar demais assusta | ||
Pq é onde temos consciencia da nossa ignorancia | ||
Acaba-se as certezas em que nos agarramos | ||
E entao se agarram a igreja dnv | ||
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Algo parecido aconteceu com Block, porem ele não consegue se agarrar | ||
Eles fazem de tudo pra tirar o abscesso | ||
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Dança | ||
Autochicoteamento | ||
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Só dps disso o vassalo sente medo. | ||
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Oq um povo com medo pode se submeter e causar a si mesmo e aos outros e oq lhe da medo. | ||
As coisas q dao medo no povo não da nele, mas oq elas fazem qdo estao ass da | ||
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((Ele bebe)) | ||
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Cena 5 - Block confessa seu ceticismo doloroso a um padre e todas essas questoes aí | ||
Ai ele ve q era a morte, e q ela fez ele revelar uma estrategia de xadrez | ||
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Essa é minha mão, eu posso movê-la. O sangue está pulsando em minhas veias | ||
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●O sol ainda está em seu apogeu... E eu, Antonius Block... estou jogando xadrez com a morte! | ||
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Cena 6 - volta pro vassalo e o pintor nos dormitorios | ||
Dialogo foda | ||
Pintura zuando block | ||
Block volta e da pra ver q eles n se gostam mt | ||
Inquisição de uma mulher | ||
"Contato carnal com o diabo" | ||
Ela vai ser suja com sangue de cachorro e morre | ||
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Vassalo curioso | ||
Perigoso | ||
Ela ser causa da praga supostamente | ||
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Cena 7 (ou 2) | ||
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Na cena 2 eles iam em direção aos dormitorios | ||
Esse rolê da capela dos atores da mulher rola durante essa viagem pro dormitorio | ||
No dormitorio rola 2 conversas com o vassalo | ||
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Cena 7..... | ||
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Os 2 cavalgam | ||
Canta musica | ||
Chato | ||
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Cena 8... | ||
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Eles num vilarejo | ||
Rouba dos mortos (seminarista) | ||
Testemunha | ||
Ameaça testemunham | ||
Vassalo escroto | ||
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Seminarista q convenceu o block a ir p terra santa | ||
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Cena 9 - Peça de teatro tratada na cena 3 | ||
Uma peça de musical | ||
X | ||
A dança da morte. (Autopenitencia q nem a pintura) real ou peça? | ||
Eles senrem q merecem morrer e q deus esta punindo | ||
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9.5 | ||
Pessoas modernas frase | ||
Madereiro perguntando da sua esposa | ||
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●Cena 10 | ||
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"Lá dentro" - Taverna | ||
Pressagios --> mulher da luz cabeça de bezerro | ||
(Video) | ||
O ator da cena 3 tava pegando a espsoa do madereiro | ||
Humilham ele | ||
Ele foge | ||
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Cena 11 | ||
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Xadrez | ||
Muie do ator da cena 3 | ||
Respiro da tragicidade cena de boa | ||
Carisma pelo block | ||
Vamo td junto pra floresta | ||
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Cena 12 | ||
Xadrez | ||
Tava me enrolando ne pae | ||
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Cena 13 | ||
Madeireiro | ||
Papagaiada do amor | ||
Ele vai junto com eles p floresta | ||
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Cena 14 | ||
No meio da viagem ele acha o ator talarico | ||
Muie q deu gaia | ||
Ele sai atras dele | ||
Conflito de carruagens | ||
Argumentometro | ||
Ator morre pela morte | ||
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Cena 15 | ||
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18 cenas. | ||
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(fiquei com preguiça de anotar a 15 16 17 e 18) Mas são 18. Ele tem essa divisão de cenas msm. | ||
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Dialogos foda | ||
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Cena 3 la com os ator | ||
Dialogo 1 no dormitorio cena 4 | ||
Cena 5 na capela (a cena toda é foda) | ||
Dialogo 2 no dormitorio cena 6 | ||
Cena 9.5 Aquele dialogo q eu botei no twitter | ||
Cena 10 sobre os apocalispes | ||
Cena 15 com a muie | ||
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Nota Final: 10/10 | ||
O Sétimo Selo é realmente meu filme favorito; não é pra pagar de cultzinho (eu juro) já que eu acho que ele nem se enquadra nesse tipo de filme. Não é tãão experimentalista quanto um Eraserhead ou um Farol da vida, mas não é todo mundo que vai gostar. | ||
Se algum dos temas que eu abordei nesse texto, for de seu interesse, está recomendadíssimo, se não, recomendo do mesmo jeito. | ||
Ele é absurdamente curto considerando o tanto de coisa que ele aborda. Não tem uma cena em vão, não tem nada enigmático demais. | ||
Esse filme é reto direto e perfeito. |