Esqueça os Estados Unidos

A pergunta que mais recebo de quem mora no Brasil é: quando vou poder viajar aos Estados Unidos? 

São pessoas que querem ir aos parques da Disney, conhecer Nova Iorque ou simplesmente rever amigos e parentes que vivem por aqui.

A resposta que dou não muda, faz tempo; "não há previsão".

No primeiro semestre do ano passado, ainda no governo do ex-presidente Donald Trump foi imposta uma série de restrições a entrada de turistas de vários países.

A lista é grande; nações da União Europeia, Reino Unido, China, Índia, África do Sul, Irã, Brasil... São países considerados de alto risco para a transmissão do coranavírus, um "risco ao esforço americano na pandemia".

Pra vir para cá, é necessário cumprir uma quarentena de 14 dias em algum local que tem a "fronteira aberta" como o México, Costa Rica e, acredite, o Paraguai.

Nesta segunda-feira, 26, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, voltou a dizer que as restições estão mantidas, ainda mais depois do crescimento de casos de Covid-19 no país. A média de contaminados disparou 180 por cento nas duas últimas semanas, em especial com a variante Delta.

Todos os 50 Estados americanos chegaram a registrar alta no número. As autoridades em saúde são unânimes e dizem que o motivo é que muita gente ainda se recusa em tomar a vacina.

Apesar de não faltar oferta, em pelo menos 20 estados, o percentual de moradores completamente imunizados está abaixo de 50%. O presidente Joe Biden começou uma cruzada contra as redes sociais que permitem a publicação de conteúdos falsos que desetimulam a imunização.

Hoje os não vacinados representam 97 por cento das internações e mais de 99 por cento das mortes por Covid. O que deixa claro que a vacina funciona!

O Governo americano não deve obrigar ninguém a tomar as doses. Mas aos poucos autoridades locais e entidades vão aumentando as restições.

O Estado da Califórnia e a prefeitura de Nova Iorque determinaram que todos os funcionários públicos devem estar vacinados. E já se discute a criação de um passaporte sanitário que permitiria acesso a bares, restaurantes e cinemas.

Mas até que todo esse rolo esteja resolvido, não coloque os Estados Unidos na lista das suas férias.