HORA DA LEITURA - FILOSOFIA VERDE (CAPÍTULO 2) - 14/01
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HORA DA LEITURA - FILOSOFIA VERDE (CAPÍTULO 2) - 14/01

Seguiremos com a leitura do livro “Filosofia verde”, de Roger Scruton:

natacam
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Seguiremos com a leitura do livro “Filosofia verde”, de Roger Scruton:

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Certo, tratar a questão ambiental de forma local é “belo e moral”. Mas será que é possível manter essa abordagem num mundo onde os problemas ambientais ganharam uma dimensão tamanha que ultrapassaram as fronteiras nacionais, com consequências potencialmente catastróficas? Roger Scruton inicialmente recorda que previsões alarmistas sempre ocorreram, pois o alarme ativa o senso de emergência, que torna os humanos, a fim de se protegerem, mais propensos a obedecer. Por isso que os adeptos de políticas centralizadoras são tão partidários das emergências, frequentemente buscando algum alarme e até promovendo o medo, algumas vezes justificado, outras vezes não.

Neste capítulo, o autor trata especialmente da questão climática, o problema ambiental mais abordado atualmente, desde as visões mais “alarmistas” até as mais “céticas”, passando pelas “moderadas”. Para Scruton, mesmo que tais mudanças não sejam totalmente provocadas pelo homem, ainda assim é um problema existente, que tem de ser prevenido ou mitigado. Não obstante, questiona se as soluções globais propostas pelos setores mais “alarmistas” são viáveis ou mesmo se não acabariam gerando consequências ainda mais nefastas que o problema.

Ademais, é mencionada a capacidade do ser humano de se adaptar a mudanças. Processos que, mesmo quando auxiliados por decisões políticas, foram iniciados por associações civis, como foi a forma que a sociedade se adaptou à Revolução Industrial. O filósofo considera que problemas globais não podem ser pretexto para deixar de lado as esferas de atuação locais, nacionais e de livre-iniciativa cívica, e que alarmes globais de agentes transnacionais, na maior parte das vezes, acabam por tornar tratados de cooperação inócuos.

Por hoje é isso, a leitura do próximo capítulo de “Filosofia verde” segue amanhã.

REFERÊNCIA:  SCRUTON, Roger. Filosofia verde: como pensar seriamente o planeta. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2016.