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Todo ano, a consultoria Kantar Ibope Media lança seu estudo de Tendências e Previsões de Mídia (veja o estudo referente a 2022 aqui). Nessa edição, eles listam cinco grandes tendências: o futuro da experiência de vídeo, gestão da inflação para a mídia, utilização de dados, novas tecnologias para o plano de mídia e emissão zero de carbono. Abaixo listo um resumo de cada ponto.

O futuro da experiência de vídeo

Para a Kantar, há uma tendência de diversificação das soluções de mídia vindo, principalmente, das plataformas de VOD (Video on Demand). Inclusive diversas plataformas de streaming estão se aproximando do consumo linear, semelhante a TV, por conta de soluções de live streaming baseadas em transmissões de eventos esportivos (um exemplo: o streamer Casimiro está transmitindo alguns jogos da Copa diretamente em seu canal na Twitch e YouTube).

Contudo, com tantas novas opções, o público começa a se fragmentar e buscar opções com custos mais acessíveis, empurrando o mercado para conseguir novas fontes de receitas além dos consumidores. Um exemplo é a Netflix e o seu plano de assinatura mais barato contendo anúncios, o que diversificou a fonte de receita da plataforma (agora são anunciantes que geram uma parte da renda).

Gestão da inflação para a mídia

A inflação atingiu todos os principais países do mundo e impactou toda cadeia de consumo, inclusive na própria negociação de espaços de mídia, com aumentos de até 33% no CPM (Custo por mil impressões) em mídia paga e 31% em inventário de TV aberta ou fechada. Com o aumento desses canais mais "tradicionais", a diversificação do investimento de mídia acabou sendo uma consequência: migrou-se para TV conectada, VOD ou outros meios menos sensíveis ao preço, como Out of Home e patrocínios (principalmente com a retomada de eventos presenciais).

Nesse cenário de crescente alta dos preços, é primordial que haja um controle e análise de dados constante para otimizar os resultados de mídia e encontrar oportunidades de investimento em novos canais.

Utilização de dados

Com a restrição dos cookies de terceiros em vista (previsão de ser totalmente encerrada no Chrome em 2024), os anunciantes e publishers estão buscando dados para segmentar e criar audiências que sejam estratégicas e eficientes, respeitando as regras de consentimento e privacidade dos usuários.

Com a diversificação das soluções de mídia, as organizações precisarão investir em coleta e integração de dados para criar audiências e otimizar o investimento de mídia sem depender dos cookies. 2023 será um ano que surgirão diversas soluções cookieless e focadas em coleta consentida dos dados para criação de audiências acionáveis.

Novas tecnologias para o plano de mídia

Para a Kantar, 2023 será a consolidação das TVs Conectadas (57% dos lares brasileiros possuem uma Smart TV) e do Metaverso. Com isso, abre uma gama de possibilidades para mídia, como live commerce em streamings/transmissões televisivas (exemplo: ter um link do produto mostrado no programa/série/filme, estabelecendo uma ponte direta de compra para o product placement e merchandising) e e-commerce com NFTs ou produtos do metaverso.

O uso de segunda tela (os smartphones) juntamente com esses recursos de e-commerce e interações ao vivo impulsionarão novos formatos de mídia e teremos vendas e leads em tempo real. Além disso, o metaverso ainda é uma incógnita em seu funcionamento, mas será um universo totalmente novo para explorar novos conteúdos e formas de anúncios.

Emissão zero de carbono

Sustentabilidade virou um dos principais temas dentro das campanhas, com o volume sendo triplicado desde 2016 e com cerca de 6% de participação nas campanhas atuais. A Kantar aponta que 2023 será um ano que vai firmar ainda mais a "agenda verde" em todos os campos de atuação da mídia: desde formatos eco-sustentáveis até mensagens em grandes campanhas de anunciantes, pois é um tema relevante para a audiência massiva.

Conforme gráfico abaixo, os consumidores atribuem boa parte da responsabilidade pelas questões climáticas às empresas, juntamente com recursos/energia. Então, acaba sendo um tema que os anunciantes devem se conectar com seu público.

Baixe o estudo completo gratuitamente aqui.

NOVIDADE DA SEMANA

Quais são as regras dos direitos autorais da Copa do Catar 2022?

Sempre há dúvidas sobre o que pode e o que não pode ser usado envolvendo termos e imagens da Copa do Mundo. Abaixo, um resumo do que as marcas não-patrocinadoras são proibidas e o que é possível fazer.

O que não pode mencionar ou divulgar:

 - Copa do Mundo Catar 2022 e qualquer variação envolvendo o nome do torneio;

- Emblema, mascote, troféu, slogan, marca da Fifa;

- No caso da seleção brasileira, qualquer referência à CBF ou seleção brasileira.

O que é possível fazer:

- Temas que remetem ao futebol;

- Uso de influenciadores que fazem alusão a futebol;

- Uso das cores da bandeira do Brasil.

Um exemplo: a campanha da Pepsi está recheada de jogadores e ex jogadores, mas a Pepsi não é patrocinadora oficial da Copa.

Mais detalhes das regras, veja no site da Fifa.

Vi no Meio e Mensagem